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ELEIÇÕES

Prefeito que buscava reeleição no oeste do México é assassinado

Humberto Amezcua havia pedido licença para disputar a corrida eleitoral

Humberto AmezcuaHumberto Amezcua - Foto: Reprodução/Twitter

O prefeito de um município do estado mexicano de Jalisco (oeste) que buscava a reeleição foi assassinado na noite de sexta-feira (15), informou a procuradoria estadual, em meio a uma onda de agressões contra aspirantes a cargos locais.

Trata-se de Humberto Amezcua, prefeito do município de Pihuamo (sul de Jalisco), que havia pedido licença do cargo para concorrer à reeleição como candidato do Partido Revolucionário Institucional (PRI) nas eleições de 2 de junho.

"A Procuradoria (...) está conduzindo investigações para capturar o responsável pela morte do prefeito licenciado do município de Pihuamo", afirmou a instituição em comunicado divulgado quase à meia-noite de sábado.

Policiais municipais receberam um relatório alertando sobre uma agressão com arma de fogo em ruas da localidade. Ao chegarem, "localizaram a vítima dentro de um veículo, com ferimentos visíveis aparentemente causados por projétil de arma de fogo", detalhou a procuradoria.

Paramédicos que atenderam à emergência confirmaram que Amezcua já estava morto.

A presidente do PRI em Jalisco, Verónica Flores, lamentou o crime através de suas redes sociais e responsabilizou os governos nacional e estadual pela violência que assola o país.

Em fevereiro, Jaime Vera Alaniz, pré-candidato do Partido Verde Ecologista à prefeitura do município de Mascota (noroeste de Jalisco), foi assassinado nos subúrbios de Guadalajara, capital do estado.

A violência ligada ao crime organizado que assola o México também atinge políticos, especialmente aqueles que ocupam ou aspiram a cargos municipais e estaduais.

Os motivos vão desde tentativas das máfias de subjugar os candidatos até disputas entre grupos de poder local.

Na quarta-feira passada, Tomás Morales Patrón, pré-candidato à prefeitura de Chilapa pelo Morena, o partido do presidente Andrés Manuel López Obrador, no estado de Guerrero (sul), foi morto a tiros.

Em Maravatío (estado de Michoacán, oeste), dois pré-candidatos à prefeitura foram assassinados em incidentes separados em 26 de fevereiro passado.

Entre 4 de junho de 2023 e 12 de março, 43 pessoas morreram em episódios de violência eleitoral, das quais 21 eram aspirantes a uma candidatura, segundo um estudo do Laboratório Eleitoral, uma firma privada de análise e pesquisa.

Os assassinatos por violência eleitoral foram registrados em 13 dos 32 estados, de acordo com um relatório anterior da mesma empresa.

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