Prefeitura de Olinda retifica data da interdição do Edifício Leme, que foi mesmo em 2001
Prédio desabou parcialmente na última quinta; seis pessoas morreram
Ao contrário do que a Prefeitura de Olinda inicialmente divulgou, a interdição do Edíficio Leme, que desabou parcialmente na noite da última quinta-feira (27), ocorreu em 2001. A gestão municipal havia informado que a interdição havia sido 2000, mas, questionada novamente pela Folha de Perambuco com base em informações do Ministério do Público de Pernambuco, a prefeitura retificou a informação nesta segunda-feira (1º).
O prédio começou a ser demolido nesse domingo (30) após o desabamento parcial na noite da quinta no bairro olindense de Jardim Atântico. No desabamento, morreram seis pessoas e cinco foram resgatadas com vida em meio aos escombros do imóvel. Animais também foram salvos.
A interdição do Leme pela Defesa Civil de Olinda ocorreu em 15 de março de 2001 após vistoria conjunta entre Estado, Município e Universidade Federal de Pernambuco.
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O laudo já apontava “sérios problemas que comprometem a segurança do edifício”, como acúmulo de água dentro do imóvel. Apesar disso, o prédio estava com moradores no momento do desabamento.
Também em 2001, o MPPE entrou com ação para exigir da seguradora do imóvel a demolição da construção. O documento que relata a interdição do prédio é um processo de 2016. A ação do MPPE dava conhecimento oficial da precariedade do Edifício Leme.
A Prefeitura de Olinda, por meio da Defesa Civil, divulgou, em 2020, levantamento que apresentava 98 edifícios tipo caixão com risco de desabamento. Entre eles, o Edifício Leme. Levantamento mais recente da Defesa Civil, divulgado nesse domingo, aponta que o número de imóveis com "risco iminente de desabamento" em Olinda aumentou: agora são em 110.