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Premier da Escócia renuncia após perder apoio de aliados no Parlamento em meio a pressão da oposição

Humza Yousaf, primeiro líder muçulmano de um grande partido europeu, passaria por dois votos de confiança no parlamento nesta semana

Partido Nacional Escocês escolhe Humza Yousaf como novo líder e chefe do ExecutivoPartido Nacional Escocês escolhe Humza Yousaf como novo líder e chefe do Executivo - Foto: Andy Buchanan / AFP

O primeiro-ministro da Escócia, Humza Yousaf, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (29), antes de ser submetido a dois votos de confiança no Parlamento, que seriam colocados para votação após romper com parceiros de coalizão do Partido Verde e ficar exposto. Primeiro líder muçulmano de um grande partido político do Reino Unido, Yousaf ficou no poder por cerca de um ano. Com sua renúncia, o parlamento terá 28 dias para escolher um novo primeiro-ministro.

Yousaf, de 39 anos, assumiu a liderança do Partido Nacional Escocês (SNP, na sigla em inglês) em março do ano passado, após a líder histórica da legenda e ex-premier Nicola Sturgeon afirmar que abandonaria as atividades políticas, de forma repentina, por cansaço. A eleição de Yousaf expôs divisões dentro do SNP, entre alas mais à esquerda e à direita do partido.

Pouco depois de vencer uma acirrada disputa, o jovem líder viu seu governo ser mergulhado em uma turbulência após Sturgeon ser detida por alegações de má administração das finanças do SNP. O marido dela, Peter Murrell, também foi detido. Murrell foi acusado no caso no início deste mês. Sturgeon não foi acusada. O apoio ao partido diminuiu ao longo do último ano.

No Congresso, Yousaf enfrentava crescentes pedidos de renúncia desde que encerrou um acordo de compartilhamento de poder com os Verdes Escoceses, na semana passada. O governo liderado por ele abandonou metas ambiciosas para a transição para emissões líquidas zero de carbono, o que enfureceu os então aliados.

Conservadores escoceses da oposição então apresentaram uma moção de desconfiança em Yousaf, que deveria ser realizada na quarta-feira e na qual o primeiro-ministro corria o risco de perder. O Partido Trabalhista escocês também apresentou outra moção de desconfiança ao governo. Quatro partidos, haviam afirmado que votariam contra o agora ex-premier.

Em um comunicado, Yousaf afirmou que achava que a vitória era "absolutamente possível", mas acrescentou que não estava "disposto a negociar valores ou princípios ou fazer acordos com quem quer que seja apenas para manter o poder".

"Concluí que reparar nossos relacionamentos através da divisão política só pode ser feito com outra pessoa no leme", escreveu o ex-premier.

O primeiro-ministro da Escócia, Humza Yousaf, renunciou ao cargo nesta segunda-feira, antes de ser submetido a dois votos de confiança no Parlamento, que seriam colocados para votação após romper com parceiros de coalizão do Partido Verde e ficar exposto. Primeiro líder muçulmano de um grande partido político do Reino Unido, Yousaf ficou no poder por cerca de um ano. Com sua renúncia, o parlamento terá 28 dias para escolher um novo primeiro-ministro.

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Yousaf, de 39 anos, assumiu a liderança do Partido Nacional Escocês (SNP, na sigla em inglês) em março do ano passado, após a líder histórica da legenda e ex-premier Nicola Sturgeon afirmar que abandonaria as atividades políticas, de forma repentina, por cansaço. A eleição de Yousaf expôs divisões dentro do SNP, entre alas mais à esquerda e à direita do partido.

 

Pouco depois de vencer uma acirrada disputa, o jovem líder viu seu governo ser mergulhado em uma turbulência após Sturgeon ser detida por alegações de má administração das finanças do SNP. O marido dela, Peter Murrell, também foi detido. Murrell foi acusado no caso no início deste mês. Sturgeon não foi acusada. O apoio ao partido diminuiu ao longo do último ano.

No Congresso, Yousaf enfrentava crescentes pedidos de renúncia desde que encerrou um acordo de compartilhamento de poder com os Verdes Escoceses, na semana passada. O governo liderado por ele abandonou metas ambiciosas para a transição para emissões líquidas zero de carbono, o que enfureceu os então aliados.

 

Conservadores escoceses da oposição então apresentaram uma moção de desconfiança em Yousaf, que deveria ser realizada na quarta-feira e na qual o primeiro-ministro corria o risco de perder. O Partido Trabalhista escocês também apresentou outra moção de desconfiança ao governo. Quatro partidos, haviam afirmado que votariam contra o agora ex-premier.

Em um comunicado, Yousaf afirmou que achava que a vitória era "absolutamente possível", mas acrescentou que não estava "disposto a negociar valores ou princípios ou fazer acordos com quem quer que seja apenas para manter o poder".

"Concluí que reparar nossos relacionamentos através da divisão política só pode ser feito com outra pessoa no leme", escreveu o ex-premier.

Polêmicas e crise de popularidade
O SNP, que mantém o governo escocês desde 2007, sofreu uma queda de popularidade sob Yousaf. Recentemente, ele foi pressionado por novas leis que tornaram crime incitar ódio contra várias grupos, incluindo pessoas transgênero. A lei motivou polêmicas, incluindo críticas da autora de "Harry Potter", J.K. Rowling, que mora em Edimburgo.

As relações entre o SNP e os Verdes também ficaram tensas devido à recente pausa na prescrição de bloqueadores de puberdade na Escócia.

Alguns dentro do SNP queriam que Yousaf encerrasse a coalizão com os Verdes porque sentiam que o acordo estava puxando o partido mais para a esquerda.

O SNP, que mantém o governo escocês desde 2007, sofreu uma queda de popularidade sob Yousaf. Recentemente, ele foi pressionado por novas leis que tornaram crime incitar ódio contra várias grupos, incluindo pessoas transgênero. A lei motivou polêmicas, incluindo críticas da autora de "Harry Potter", J.K. Rowling, que mora em Edimburgo.

As relações entre o SNP e os Verdes também ficaram tensas devido à recente pausa na prescrição de bloqueadores de puberdade na Escócia.

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