Premier do Canadá diz ser 'correto' falar em 'genocídio' na Ucrânia
Primeiro ministro se une ao presidente americano, Joe Biden, que já havia utilizado o termo para descrever os ataques da Rússia à Ucrânia
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, disse nesta quarta-feira (13) que é "correto" descrever os ataques da Rússia na Ucrânia como um "genocídio", somando-se ao presidente americano, Joe Biden, que usou o mesmo termo na véspera.
"É absolutamente correto que cada vez mais gente fale e utilize a palavra genocídio em termos do que a Rússia está fazendo; do que Vladimir Putin fez", disse Trudeau a jornalistas em Quebec.
"Temos visto esse desejo de atacar civis, de usar a violência sexual como arma de guerra", disse. "Isto é completamente inaceitável".
Trudeau destacou também que o Canadá foi "um dos primeiros países" em iniciar um processo no Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia para "garantir que Putin preste contas por seus atos, por seus crimes de guerra".
A Ucrânia vem acusando a Rússia de cometer crimes de guerra e planejar um genocídio de sua população inclusive antes da descoberta de centenas de civis assassinados em valas comuns na cidade de Bucha, o que gerou uma onda de repulsa internacional.
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Embora os países ocidentais não tenham chegado a princípio a usar o termo "genocídio", em linha com um protocolo de longa data por sua definição legal estrita e forte implicação, agora parece pouco a pouco mudar em algumas potências.
O presidente americano, Joe Biden, acusou Putin de "genocídio" na terça-feira, enquanto discursava sobre os preços da gasolina em Iowa. Na sua opinião, "a evidência (disso) está em aumento" e portanto corresponderia aos tribunais internacionais determinar se as ações da Rússia na vizinha república ex-soviética se ajustam ao termo.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, também informou na semana passada que o suposto massacre em Bucha "não parece estar longe do genocídio".
Os líderes de governo da França e Alemanha admitiram na quarta-feira que a Rússia tinha cometido crimes de guerra, mas se negaram a repetir a acusação de Biden sobre "genocídio".