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Presidente Arce diz que Evo Morales planeja "golpe" com marchas na Bolívia

Arce destacou que a medida de pressão anunciada por Morales tem o objetivo de impor sua candidatura à presidência "por bem ou por mal"

O presidente boliviano Luis Arce fala com a mídia durante uma entrevista coletivaO presidente boliviano Luis Arce fala com a mídia durante uma entrevista coletiva - Foto: Aizar Raldes / AFP

O presidente da Bolívia, Luis Arce, acusou no domingo o ex-presidente Evo Morales de tentar um golpe de Estado com as marchas e bloqueios nas rodovias que o líder cocaleiro convocou a partir de terça-feira (17) para exigir soluções para a escassez de combustíveis.

"Começará nos próximos dias uma marcha para depois avançar ao bloqueio nacional das estradas, que terminará em uma tentativa de golpe de Estado contra um governo popular", disse Arce em um discurso ao país.

 

Morales (presidente entre 2006 e 2019) ratificou no domingo as marchas com seus seguidores do partido Movimento Ao Socialismo (MAS) a partir da localidade de Caracollo, em Oruro, e até a capital La Paz. A manifestação em apoio à sua nova candidatura começará na terça-feira.

"Não incendeie nosso país com suas ações que estão longe do que você prega com as palavras. Não empobreça a economia, nem tire o alimento das empresas, das famílias bolivianas, com bloqueios nacionais", disse o presidente boliviano.

Arce destacou que a medida de pressão anunciada por Morales tem o objetivo de impor sua candidatura à presidência "por bem ou por mal".

"Estão nos ameaçando (...) com greves e bloqueios, porque você quer fazer o que a Constituição do Estado não te permite: voltar a ser habilitado como candidato", acrescentou Arce.

Arce e Morales estão em uma disputa pela candidatura governista nas eleições presidenciais de agosto de 2025, embora apenas o ex-presidente tenha manifestado a intenção de concorrer novamente.

O influente líder indígena está inabilitado pela Justiça para concorrer novamente, mas ele tenta, com o apoio de uma ala de seu partido, reverter o impedimento por meio da pressão popular e da eleição de novos juízes eleitorais que revisariam a decisão contra ele.

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