Presidente argentino condena ameaças de morte contra ex-presidente Macri
Alberto Fernández também defendeu a recuperação de uma 'convivência democrática' no país
O presidente argentino, Alberto Fernández, repudiou nesta sexta-feira (9) a ameaça de morte recebida por seu antecessor, Mauricio Macri (2015-2019), e defendeu a "recuperação da convivência democrática".
"Quero expressar minha forte condenação às ameaças feitas contra o ex-presidente @mauriciomacri", disse no Twitter Fernández, pedindo "que a investigação avance e os fatos sejam esclarecidos rapidamente".
Deseo expresar mi enérgica condena a las amenazas vertidas contra el ex presidente @mauriciomacri y distintos funcionarios judiciales, alentando que la investigación avance y los hechos se esclarezcan rápidamente.
— Alberto Fernández (@alferdez) September 9, 2022
Os advogados de Macri apresentaram uma denúncia na justiça ao detectar uma mensagem no Twitter na qual o ex-presidente foi ameaçado de morte.
"Quanto me pagam para matar Macri e a merda que o rodeia?", dizia a mensagem publicada na conta do usuário @Luisanfer2442, que foi suspenso.
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Fernández também exortou "usuários e administradores de redes sociais a não permitir que elas se tornem um veículo de ódio e violência".
Devemos recuperar a convivência democrática em um quadro de respeito à diversidade, disse.
A ameaça ocorre no contexto do ataque contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que teve uma pistola apontada para sua cabeça à queima-roupa por um sujeito em 1º de setembro em frente à sua casa. A arma não disparou.
Após o atentado, foram realizados grandes passeatas de apoio à ex-presidente e pedidos públicos de lideranças políticas, da cultura e da defesa dos direitos humanos em prol da convivência e contra o agravamento da polarização política.