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Presidente da Autoridade Palestina diz que está pronto para assumir toda a responsabilidade em Gaza

Enquanto o Hamas exerce controle total sobre Gaza desde 2007, a Autoridade Palestina (AP), dominada pelo movimento Fatah, administra a Cisjordânia

O presidente palestino Mahmoud AbbasO presidente palestino Mahmoud Abbas - Foto: Thomas Coex / AFP

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, afirmou nesta sexta-feira (17) que a entidade está pronta para assumir "toda a responsabilidade" em Gaza depois da guerra, em sua primeira declaração desde que o cessar-fogo entre Israel e o Hamas foi anunciado.

"O governo palestino, sob as diretrizes do presidente Abbas, completou todos os preparativos para assumir toda a responsabilidade em Gaza", o que inclui o retorno dos deslocados, a prestação de serviços básicos, a gestão das passagens fronteiriças e a reconstrução do território devastado pela guerra, segundo um comunicado de seu gabinete.

Enquanto o Hamas exerce controle total sobre Gaza desde 2007, seu rival, a Autoridade Palestina (AP), dominada pelo movimento Fatah, administra a Cisjordânia.

O Hamas, que venceu as últimas eleições legislativas palestinas em 2006, declarou no início da guerra que não pretende governar Gaza após o conflito.

Fontes do Hamas informaram à AFP que estão dispostas a entregar os assuntos civis de Gaza a uma entidade palestina.

Atualmente, Israel não possui uma posição definitiva sobre a governança pós-guerra, além de rejeitar qualquer papel tanto do Hamas quanto da AP.

Autoridades israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, se opuseram repetidamente à ideia de que o Hamas ou a AP administrem o território palestino, classificando qualquer um dos cenários como "uma recompensa" pelo ataque de 7 de outubro de 2023.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou na semana passada que a AP deveria ser a responsável pela administração do território costeiro.

Líderes palestinos de diferentes facções sustentam há muito tempo que o futuro de Gaza deve ser decidido por eles mesmos, rejeitando qualquer interferência externa.

O governo israelense se reuniu para votar o acordo relacionado a Gaza, após a aprovação prévia pelo gabinete de segurança nesta sexta-feira.

Se o acordo entrar em vigor, mediadores da trégua, como os Estados Unidos, Catar e Egito, supervisionarão o cessar-fogo por meio de um organismo sediado no Cairo, informou o primeiro-ministro do Catar, o xeque Mohammed bin Abdulrahman Al Thani.

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