guerra na ucrânia

Presidente da Ucrânia discursará para líderes mundiais na Conferência de Segurança de Munique

Mais de 150 representantes governamentais se reunirão para o encontro anual sobre questões de segurança internacional

Presidente da Ucrânia discursará para líderes mundiais na Conferência de Segurança de MuniquePresidente da Ucrânia discursará para líderes mundiais na Conferência de Segurança de Munique - Foto: Thomas Kienzle / AFP

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, discursará nesta sexta-feira (17) na Conferência de Segurança de Munique para os líderes mundiais, que aproveitarão o evento para reafirmar o apoio a Kiev, quase um ano após o início da invasão russa.

O aumento das tensões entre China e Estados Unidos também será um dos temas centrais do encontro, após a derrubada de um balão chinês que sobrevoava o território americano.

"Há um ano, Zelensky fez um discurso muito forte de advertência nesta conferência", afirmou o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, antes de informar que este ano a fala acontecerá por videoconferência.

Neste contexto, "a prioridade é acelerar o já prometido fornecimento de armas e munições à Ucrânia", disse Kuleba, que também insistiu na aprovação de decisões políticas para a entrega de caças.

No momento, as potências ocidentais relutam em fornecer aviões de combate pelo temor de uma escalada do conflito por parte da Rússia.

O ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, disse esperar que outros países se comprometam, como já fizeram Alemanha, Polônia, ou Canadá, a enviar para Kiev tanques pesados como os modelos Leopard.

"As discussões continuam", afirmou.

Mais de 150 representantes governamentais se reunirão para o encontro anual sobre questões de segurança internacional.

O chefe de Governo da Alemanha, Olaf Scholz, e o presidente francês, Emmanuel Macron, estarão presentes na abertura do evento.

Também participarão o chefe da diplomacia da China, Wang Yi; a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris; o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, e o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, que deixará o cargo no final do ano.

Nenhum funcionário do governo russo foi convidado.

Novo pacote de sanções
Analistas esperam que os líderes ocidentais reafirmem o compromisso de apoiar a Ucrânia, tanto financeira como militarmente, durante o tempo necessário para responder à agressão russa, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.

O conflito permanece complexo no leste do país, em particular em Bakhmut, e não há perspectivas de fim em breve.

Após um ano de combates que provocaram dezenas de milhares de mortes, a Otan teme uma nova ofensiva russa.

"Precisamos estar preparados para um longo caminho. Isto pode durar muitos, muitos anos", alertou Stoltenberg em uma entrevista à AFP na quinta-feira (16).

Os principais países ocidentais apoiam a Ucrânia com o fornecimento de armas e sanções econômicas contra a Rússia.

Washington e seus aliados estão preparando "um novo grande pacote de sanções" para 24 de fevereiro, afirmou a secretária de Estado adjunta, Victoria Nuland, na quinta-feira.

As sanções devem mirar em indivíduos, aumentar as restrições bancárias e também afetarão terceiros países que permitem que a Rússia evite as medidas punitivas, explicou Nuland.

Os chefes da diplomacia do G7 têm uma reunião programada para sábado à margem da Conferência de Munique.

As sanções drásticas em vigor contra a Rússia desde o início da invasão da Ucrânia afetam a cúpula do Estado russo, assim como sua indústria, seus bancos e o setor de petróleo.

Tensões com a China
Agravadas pelo voo de um balão chinês sobre o território americano, as tensões entre Estados Unidos e China também podem ser discutidas na conferência.

A China afirma que o balão era de uso civil e acusou o governo dos Estados Unidos de enviar balões sobre seu território. O incidente levou Blinken a adiar uma visita a Pequim.

Os países europeus, em particular Alemanha e França, ainda esperam convencer a China, aliada da Rússia, a pressionar o presidente Vladimir Putin a encerrar a guerra.

Em novembro, o chanceler Olaf Scholz viajou para Pequim, onde se reuniu com o presidente Xi Jinping. E a França confirmou na quinta-feira que uma visita de Emmanuel Macron à China está sendo preparada para o primeiro semestre do ano.

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