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África

Presidente de Gana recebe primeira injeção gratuita do consórcio Covax de vacinas contra Covid-19

'É importante que eu dê o exemplo, demonstrando que esta vacina é segura, ao ser a primeira pessoa a recebê-la', disse Nana Akufo-Addo

Presidente de Gana, Nana Akufo-Addo, foi o primeiro a ser vacinado no PaísPresidente de Gana, Nana Akufo-Addo, foi o primeiro a ser vacinado no País - Foto: Reprodução/Twitter Nana Akufo-Addo

O presidente de Gana se tornou, nesta segunda-feira (1º), o primeiro vacinado contra a Covid-19 com uma dose financiada pelo dispositivo Covax para países de baixa renda, em um momento em que se acirra a batalha para liberar as patentes das vacinas e aumentar sua produção.

As campanhas de vacinação em todo o mundo se intensificam diante da pandemia de coronavírus, que já fez mais de 2,53 milhões de mortos, segundo dados da AFP desta segunda-feira às 8h (horário de Brasília). 

Enquanto os países ricos avançam em suas campanhas em um ritmo desigual, comprando a vacina diretamente dos produtores, Gana recebeu na quarta-feira as primeiras doses financiadas pelo Covax. 

O presidente de Gana, Nana Akufo-Addo, de 76 anos, recebeu nesta segunda-feira sua primeira injeção da vacina Oxford/AstraZeneca. "É importante que eu dê o exemplo, demonstrando que esta vacina é segura, ao ser a primeira pessoa a recebê-la", disse. 

O sistema Covax pretende proporcionar este ano vacinas contra a Covid-19 para 20% da população de quase 200 países e territórios participantes e inclui também um mecanismo de financiamento que permite a 92 economias de renda baixa e média acessarem as doses. 

O Covax, fundado pela OMS, Aliança para as Vacinas (Gavi) e pela Coalizão para a Inovação na Preparação contra Epidemias (Cepi), foi criado em uma tentativa de evitar que os países ricos acumulem as doses que continuam sendo produzidas em quantidades muito pequenas para satisfazer a demanda mundial.

A pandemia agravou a brecha entre países ricos e pobres, e várias associações britânicas de ajuda internacional alertaram nesta segunda-feira que existe o risco de que aumente a fome e a crise humanitária em países frágeis como o Iêmen devido à doença. 

Enquanto isso, muitas vozes pedem que a Organização Mundial do Comércio (OMC) levante as proteções das patentes das vacinas contra a Covid-19 para aumentar sua produção, uma demanda denunciada pelos laboratórios.

Esta proposta, longe de alcançar o consenso, será debatida no Conselho Geral da OMC nesta segunda e terça-feira. 

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