ATAQUE

Presidente de Israel denuncia 'pogrom' de colonos contra palestinos em localidade da Cisjordânia

"Condeno firmemente o pogrom desta noite em Samaria", escreveu o presidente Isaac Herzog

Isaac Herzog, presidente de IsraelIsaac Herzog, presidente de Israel - Foto: Stefani Reynolds / POOL / AFP

O presidente israelense, Isaac Herzog, condenou, nesta quinta-feira (15), um ataque de colonos judeus contra um povoado palestino na Cisjordânia ocupada que, segundo a Autoridade Palestina, deixou pelo menos um morto e um ferido grave, e qualificou os atos como um "pogrom".

"Condeno firmemente o pogrom desta noite em Samaria", escreveu Herzog na rede X, usando o nome da província bíblica que corresponde ao norte da Cisjordânia, um território ocupado por Israel desde 1967.

Segundo o Ministério da Saúde palestino, um homem de 23 anos morreu atingido "pelas balas dos colonos" neste ataque em Jit, povoado localizado entre as cidades de Nablus e Qalqilya.

Outro palestino foi gravemente ferido com um tiro no peito, acrescentou o ministério.

"Colonos armados atacaram o povoado de Jit, incendiando muitos veículos", reportou a agência oficial palestina Wafa.

Perguntado pela AFP, um porta-voz do exército israelense disse que por volta das 20h locais (14h de Brasília), "dezenas de civis israelenses, alguns encapuzados, entraram em (...) Jit, incendiaram veículos e infraestruturas na região, e atiraram pedras e coquetéis Molotov".

Enviados ao local, soldados e membros da polícia fronteiriça "evacuaram os civis israelenses da cidade", acrescentou o porta-voz, que informou a detenção de um dos colonos.

O presidente israelense assegurou que se trata de "uma minoria extremista que prejudica a população de colonos respeitosa à lei, à colonização em seu conjunto e a Israel no mundo".

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também assinalou que "recebe com gravidade os distúrbios que ocorreram à noite no povoado de Jit" e disse que "os responsáveis por qualquer ato criminoso serão detidos e perseguidos pela justiça".

Mas o líder do Likud, o grande partido de direita de Israel, que governa desde dezembro de 2022 com o apoio de partidos de extrema direita, defende a ampliação da colonização na Cisjordânia e, inclusive, a anexação íntegra deste território palestino ocupado desde 1967.

Desde o início da guerra em Gaza, após o ataque do Hamas em 7 de outubro, a violência explodiu na Cisjordânia, onde pelo menos 633 palestinos foram assassinados por soldados e colonos israelenses e pelo menos 18 israelenses morreram em ataques palestinos ou em operações do exército de Israel neste território, segundo dados de ambos os lados.

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