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Diálogo

Presidente de Taiwan diz que está disposto a trabalhar com a China a favor da 'paz'

O presidente Lai Ching-te tomou posse na segunda-feira

Presidente de Taiwan, Lai Ching-te, é considerado pela China um "perigoso independentista"Presidente de Taiwan, Lai Ching-te, é considerado pela China um "perigoso independentista" - Foto: Sam Yeh/AFP

O presidente de Taiwan afirmou, neste domingo (26), que continua aberto a trabalhar com a China em prol de um "entendimento mútuo e de uma reconciliação", depois de Pequim efetuou manobras militares perto da ilha autônoma em resposta ao seu discurso na cerimônia de posse do mandato.

O presidente Lai Ching-te tomou posse na segunda-feira e a China, que afirma que Taiwan é parte do seu território e considera Lai um "perigoso independentista", iniciou os exercícios militares ao redor da ilha três dias depois.

Caças, navios militares e embarcações da Guarda Costeira cercaram a ilha de governo democrático até a noite de sexta-feira. Analistas militares afirmaram que a China simulou a captura de Taiwan.

Neste domingo, Lai afirmou que em seu discurso de posse, em 20 de maio, ele tentou destacar que "a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan são elementos necessários para a segurança e a prosperidade globais".

"Também fiz um apelo à China para assumir conjuntamente a importante responsabilidade da estabilidade regional com Taiwan", acrescentou Lai durante um evento de sua legenda, o Partido Democrático Progressista (DPP, na sigla em inglês), em Tainan, no sul da ilha.

"Espero melhorar o entendimento mútuo e a reconciliação por meio do diálogo e da cooperação com a China [...] e avançar para uma posição de paz e prosperidade comum", destacou.

"Qualquer país que provoque problemas no Estreito de Taiwan e que afete a estabilidade regional não será aceito pela comunidade internacional", alertou.

Antes de assumir a presidência, Lai já havia expressado o desejo de retomar o diálogo com a China, interrompido desde a chegada ao poder, em 2016, da ex-presidente Tsai Ing-wen, que também é integrante do DPP, partido que defende a soberania de Taiwan em relação à China.

Em resposta, Pequim intensificou a pressão militar e política sobre Taiwan e seus navios, drones e caças se aproximam da ilha quase todos os dias.

Neste domingo, dois dias depois da conclusão das manobras militares da China, o Ministério da Defesa de Taiwan informou que sete aviões chineses, 14 embarcações militares e quatro navios da Guarda Costeira operaram "ao redor" da ilha durante 24 horas, até 6h00 (19H00 de Brasília, sábado).

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