Presidente do Equador diz que 'há mais tranquilidade' no país após ataque às facções
Segundo Noboa, a população se sente mais segura após o aumento da pressão militar contra os traficantes
O presidente do Equador, Daniel Noboa, garantiu nesta segunda-feira (22) que "há mais tranquilidade" no país depois de ordenar o estado de exceção e aumentar a pressão militar e policial contra os traficantes de drogas, que lançaram um ataque no início de janeiro.
Há "menos mortes violentas, há mais tranquilidade, as pessoas se sentem mais seguras, também estão denunciando os vacinadores (extorsionários), o que não faziam antes por medo", disse o presidente ao canal Teleamazonas.
"É, para mim, a maior vitória", acrescentou o presidente de 36 anos, no poder desde novembro.
Quando a fuga da prisão de Adolfo Macías, conhecido como "Fito" e líder da principal facção criminosa "Los Choneros", foi detectada há duas semanas, Noboa decretou estado de exceção por 60 dias para mobilizar militares para as ruas e ordenou um toque de recolher noturno.
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As organizações do tráfico de drogas responderam com um ataque que deixou cerca de vinte mortos, distúrbios nas prisões, 200 reféns nos presídios, sequestros de policiais e ataques com explosivos.
Noboa declarou o país em "guerra armada interna" e deu status beligerante às facções, convertendo-as em alvos militares.
"Está funcionando (...) e estamos dando duros golpes nesses grupos narcoterroristas", disse Noboa, eleito em eleições antecipadas por um período de 18 meses.
O presidente anunciou que o estado de exceção será prorrogado por 30 dias, até abril.
"Não podemos parar, não podemos descansar e não podemos acreditar que isto se resolva em duas semanas (…) temos que continuar lutando", acrescentou.
Desde 9 de janeiro, o seu "Plano Fênix" de segurança deixou quase 2.800 detidos, cinco "terroristas" mortos, recapturou 32 prisioneiros foragidos e libertou 11 policiais sequestrados.