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Presidente do Equador recebe indígenas e prefeitos no quinto dia de protestos

Protesto contra o aumento do custo de vida no país bloqueia via de acesso ao aeroporto internacional de Quito

presidente do Equador, Guillermo Lassopresidente do Equador, Guillermo Lasso - Foto: Pablo Porciuncula / AFP

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, recebeu, nesta sexta-feira (17), um pequeno grupo de indígenas na casa de governo, para tentar encerrar os protestos que há cinco dias bloqueiam os acessos a Quito exigindo a redução dos preços dos combustíveis.

Uma fumaça preta produzida por pneus incendiados por manifestantes se elevava sobre a "Rota Viva", uma das vias de acesso ao aeroporto internacional de Quito.

Lasso, um ex-banqueiro de direita que assumiu o cargo há um ano, recebeu 100 indígenas da província de Cotopaxi (sul) residentes em Quito no Palácio de Carondelet.

"Não queremos derramamento de sangue, mais vandalismo, mais violência. O Equador é um país de paz", manifestou o secretário da organização indígena Unoric, César Pérez, após os confrontos dos últimos dias entre manifestantes e policiais.

A mais alta organização indígena, Conaie, afirma que continuará com os protestos até que o governo atenda a uma lista de 10 demandas, que incluem a regulação do preço dos produtos agrícolas e a renegociação de dívidas bancárias de 4 milhões de famílias.

O presidente se reunirá mais tarde com prefeitos e governadores provinciais para analisar a situação.posteriormente com prefeitos e governadores provinciais para analisar a situação.

Os cultivadores de flores, um dos principais produtos de exportação do país, denunciaram nesta sexta-feira no Twitter que, por causa dos bloqueios de estradas, “a produção está se perdendo, as flores APODRECEM". O Ministério da Produção estima que os protestos já causaram um prejuízo de 50 milhões de dólares.

O movimento indígena "tem pouco poder politicamente, mas, em termos de um ator social que incide desde a política informal, é muito forte, principalmente na serra andina", explicou à AFP Simón Pachano, cientista político da Faculdade Latino-Americana. de Ciências Sociais (Flacso).

Para conter as manifestações, disse Pachano, o governo deve "ter uma política social clara, que atenda aos setores mais necessitados. O grande vazio do governo é que ele não tem uma gestão política, não sabe o que é política", destacou o analista.

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