MUNDO

Presidente do Panamá diz que decisão da OEA sobre a Venezuela é "deprimente"

O Panamá, que não reconhece a vitória de Maduro, votou a favor da resolução, que recebeu 17 votos favoráveis

O presidente do Panamá, José Raúl MulinoO presidente do Panamá, José Raúl Mulino - Foto: Arnulfo Franco / AFP

A rejeição da Organização dos Estados Americanos (OEA) a uma resolução que pedia transparência ao governo venezuelano sobre as eleições é "deprimente", afirmou nesta quinta-feira (1º) o presidente do Panamá, José Raúl Mulino.

"O que aconteceu ontem [quarta-feira] em Washington, na OEA, mais do que lamentável, é deprimente", disse Mulino em uma coletiva de imprensa.

O Conselho Permanente da OEA rejeitou na quarta-feira uma resolução que exigia transparência do governo da Venezuela sobre as controversas eleições de domingo, que deram a vitória a Nicolás Maduro, por não alcançar a maioria absoluta de seus Estados membros.

O Panamá, que não reconhece a vitória de Maduro, votou a favor da resolução, que recebeu 17 votos favoráveis, nenhum contra e 11 abstenções, incluindo a do Brasil, entre os Estados que participaram da reunião extraordinária.

Cinco países, incluindo a Venezuela, rejeitaram a convocação.

"O que aconteceu na Venezuela é simplesmente inaceitável, mas mais inaceitável ainda é o desprezo de parte da comunidade internacional que virou as costas com argumentos absurdos, estúpidos e sem nenhum sistema coerente de apoio às normas do direito internacional público", afirmou Mulino.

O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, afirmou que vai apresentar acusações contra Maduro por "derramamento de sangue" ao Tribunal Penal Internacional, que tem sede em Haia.

Veja também

Congressistas dos EUA pedem combate à desinformação na América Latina
EUA

Congressistas dos EUA pedem combate à desinformação na América Latina

Chefe do ELN diz que diálogos na Colômbia podem seguir apesar de confrontos
Colômbia

Chefe do ELN diz que diálogos na Colômbia podem seguir apesar de confrontos

Newsletter