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Presidente do Panamá quer megaporto que complemente negócios do canal

"O que queremos é justamente avançar para uma instalação portuária, uma megainstalação portuária, que nos permita ser um importante jogador nesse segmento" de negócios, explicou Mulino

Presidente panamenho, José Raúl MulinoPresidente panamenho, José Raúl Mulino - Foto: Arnulfo Franco/AFP

O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, disse, nesta quinta-feira (20), que quer construir um megaporto no Pacífico que complemente os negócios do canal, e minimizou uma versão da imprensa sobre as opções militares dos Estados Unidos para recuperar a via marítima.

As ameaças do presidente Donald Trump de recuperar o canal, inclusive pela força, causaram tensão nos laços bilaterais. Na semana passada, a notícia da NBC News de que a Casa Branca havia "ordenado as Forças Armadas dos Estados Unidos a elaborarem opções" com esse propósito se somou a isso.

Mulino minimizou essa versão e disse que, para complementar o lucrativo negócio do canal que move 5% do comércio marítimo mundial, quer construir uma "megainstalação portuária".

"O que se move a nível global é o Pacífico. Aqui nós estamos jogando um pouco [...]. O que queremos é justamente avançar para uma instalação portuária, uma megainstalação portuária, que nos permita ser um importante jogador nesse segmento" de negócios, explicou Mulino em coletiva de imprensa.

"Já temos o negócio, ou seja, os barcos que vêm para o canal e que transitam pelo canal podem ser, penso eu, importantes motores dessa carga que será movida no Pacífico", acrescentou.

O mandatário disse que conversou sobre esse tema com dirigentes de grandes empresas portuárias internacionais, que "mostraram interesse" por portos no Panamá.

"Se qualquer operador portuário desse nível chegar a ter esse porto no Panamá, fecha o círculo e nós estamos jogando em outro campeonato", disse.

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