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Presidente do Peru pede 'calma e paz' nos protestos em Lima

Os protestos já deixaram 42 mortos em cinco semanas

Presidente do Peru, Dina Boluarte Presidente do Peru, Dina Boluarte  - Foto: JHONEL RODRIGUEZ ROBLESPeruvian Presidency / Peruvian PresidencyAFP

A presidente do Peru, Dina Boluarte, pediu nesta terça-feira (17) às centenas de manifestantes de diversas regiões do país que se dirigem a Lima para protestar contra o seu governo que o façam com calma e paz.

"Sabemos que querem tomar Lima nos dias 18 e 19, por tudo o que está saindo nas redes. Eu lhes chamo para vir a Lima, sim, mas em paz e em calma. Espero vocês na casa de governo para poder dialogar sobre as agendas sociais", disse Dina, que considera a agenda política proposta pelos manifestantes "inviável a partir do Executivo”.

A plataforma de reivindicações dos manifestantes é essencialmente política: renúncia da presidente, eleições imediatas e Assembleia Constituinte. O governo já rejeitou todas essas demandas.

Os primeiros a chegar a Lima foram camponeses da cidade de Andahuaylas, que viajaram em caminhões e carros nesta madrugada e se concentravam na praça Manco Cápac.

Em Cusco, dezenas de camponeses em ônibus e caminhões partiram na noite de ontem para a capital, localizada a 1.100 km. Movimentos similares foram registrados na região de Puno.

Os bloqueios de rodovias continuavam pautando o ritmo dos protestos. Nesta terça-feira, amanheceram interditados por piquetes 94 trechos de rodovias em oito das 25 regiões, três regiões a menos do que no último fim de semana. Forças de ordem liberaram nesta madrugada um trecho da rodovia Pan-Americana Norte, que liga a capital a essas regiões.

Em Arequipa, moradores bloqueavam com pedras e troncos a Pan-Americana Sul, que chega a Tacna, na fronteira com o Chile. Segundo o diretor do Conselho Nacional do Transporte Terrestre, Martín Ojeda, com esses novos bloqueios, 80% da frota de ônibus se encontrava paralisada.

"É preciso chamar à reflexão esses senhores, que, por motivos justos, saem e protestam pacificamente, em grande maioria. Contudo, bloquear rodovias, não permitir a entrada de caminhões que levam gás e combustível já deixa de ser um protesto pacífico", opinou a presidente peruana.

Os protestos já deixaram 42 mortos em cinco semanas, segundo a Defensoria do Povo.

 

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