Presidente do Sindicato dos Rodoviários é detido diante de garagem de ônibus no Recife
Advogado explica que Aldo Lima estava cobrando a porcentagem de frota da Pedrosa nas ruas
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, foi detido, na manhã desta sexta-feira (28), terceiro dia da greve da categoria. Ele estava liderando um ato na frente da empresa Pedrosa, localizada no bairro do Brejo, na Zona Norte do Recife.
Imagens compartilhadas pelo Sindicato dos Rodoviários mostram o momento em que Aldo Lima é colocado dentro do camburão. Ele foi algemado pelos policiais. Aldo foi levado à Central de Flagrantes, no bairro de Campo Grande, na Zona Oeste da capital pernambucana.
Em nota, a Polícia Militar informou que uma equipe do 11º BPM foi acionada para liberar o acesso na garagem da empresa Pedrosa.
"No local, mesmo com ordem judicial para liberação da passagem para as garagens de coletivos, o presidente do Sindicato dos Rodoviários impedia a saída dos veículos. O efetivo pediu que ele saísse e ele não obedeceu, desacatando o policiamento e resistindo", disse a PM.
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"Eles alegam que Aldo estava tumultuando, desobedecendo, mas Aldo como presidente do Sindicato dos Rodoviários, eleito pelos rodoviários, desde o início está lutando pelos direitos dos rodoviários. As maiores testemunhas do trabalho dele são a imprensa pernambucana e o povo pernambucano, que estão vendo que ele está correndo atrás dos direitos", falou o advogado do Sindicato dos Rodoviários Gonçalves, Sérgio, acrescentando que a classe patronal "não tem consideração com os rodoviários" ao citar as três rodadas de negociação frustradas.
Sérgio Gonçalves também explica que Aldo Lima estava cobrando a porcentagem de frota da Pedrosa nas ruas. "Ele, como presidente do sindicato, estava lá. Estavam colocando os ônibus 'de bolo'. Foi determinado 60%, mas estava ultrapassando", completou.
O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) havia determinado 60% da frota em circulação nos horários de pico e 40% nos fora pico.
Uma assembleia foi convocada para as 14h desta sexta-feira. Segundo o sindicato, os próximos rumos do movimento paredista serão debatidos.
A Polícia Civil de Pernambuco registrou o caso como desobediência. "O autor, um homem de 39 anos, teria mobilizado um grupo de manifestantes até uma empresa de transportes, que teriam, segundo relatos de testemunhas, bloqueado a saída de coletivos e impedido que trabalhadores que não estariam aderindo à greve exercessem as atividades. O autor teria desobedecido ordem judicial, e, ao ser solicitado, segundo relatos de testemunhas, que saísse da frente de um coletivo de saída da empresa, o autor não teria acatado, colocando a sua vida e a de terceiros em risco", disse a polícia.
Aldo Lima assinou Termo de Compromisso e foi liberado, de acordo com a Polícia Civil.