Haiti

Presidente dominicano diz que muro na fronteira com o Haiti 'é irrenunciável e imperativo'

O muro fronteiriço, que começou a ser construído em 2021, abrange cerca de 164 km

Bandeira do HaitiBandeira do Haiti - Foto: pixabay

O presidente dominicano, Luis Abinader, afirmou nesta quinta-feira (19) que a construção do muro fronteiriço entre seu país e o Haiti é um projeto “irrenunciável e imperativo” para regular os fluxos migratórios e garantir a segurança.

“Muitas coisas aconteceram, e esse projeto, que era importante, passou a ser irrenunciável e imperativo”, disse Abinader durante a apresentação de um trecho de 2,7 km do muro fronteiriço. "A fronteira nunca mais será a mesma. Mudamos e queremos ter uma relação mais segura na fronteira, regulada e controlada. E isso é irreversível", insistiu.

O muro fronteiriço, que começou a ser construído em 2021, abrange cerca de 164 km e é uma aposta do presidente Abinader para “controlar” a migração ilegal e as máfias que atuam na fronteira com o Haiti.

“A crise institucional grave que o país vizinho atravessa e que se agrava a cada dia levou o seu povo a uma situação preocupante de instabilidade política e a uma crise económica e social galopante. A República Dominicana não pode ser culpada” por isso, destacou Abinader.

A situação aumentou o fluxo migratório de haitianos para a República Dominicana, que, em 15 de setembro, fechou a fronteira com o Haiti em resposta à construção pelo vizinho de um canal para desviar água de um rio fronteiriço.

Três semanas depois, reabriu-a parcialmente para retomar as exportações, mas esclareceu que manterá o fechamento migratório "de maneira indefinida" para impedir o trânsito de pessoas e a suspensão de vistos para cidadãos haitianos. O Haiti pediu que as passagens fossem totalmente abertas.

A Abinader também disse que o muro irá ajudar o fluxo regular, porque há uma "melhor informação e uma relação mais formal".

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