Presidente global do Carrefour pede revisão do treinamento de funcionários
'Meus valores e os valores do Carrefour não compactuam com racismo e violência', escreveu Alexandre Bompard
No início da noite desta sexta-feira (20), o presidente do Grupo Carrefour, Alexandre Bompard, se manifestou em sua conta no Twitter sobre o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, conhecido como Beto Freitas em uma loja da varejista em Porto Alegre (RS).
O francês pediu a revisão do treinamento de funcionários e de terceiros, "no que diz respeito à segurança, respeito à diversidade e dos valores de respeito e repúdio à intolerância".
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Freitas foi espancado até a morte por dois seguranças de uma loja do supermercado no bairro Passo d'Areia, na zona norte de Porto Alegre.
Vídeos que mostram o espancamento em frente à loja e a tentativa de socorristas de salvarem o homem, conhecido como Beto, circulam nas redes sociais desde a noite de quinta (19) e provocam mobilização contra o racismo, levando a protestos em lojas do Carrefour nesta sexta,
Dia da Consciência Negra.
O Grupo Carrefour Brasil anunciou que romperá o contrato com a empresa responsável pelos seguranças, além de demitir o funcionário responsável pela loja na hora do ocorrido.
Bompard disse que estas medidas são insuficientes. "Meus valores e os valores do Carrefour não compactuam com racismo e violência", tuitou. Na rede social, o executivo chamou as imagens do assassinato como "insuportáveis."
"Eu pedi para as equipes do Grupo Carrefour Brasil total colaboração com a Justiça e autoridades para que esse os fatos deste ato horrível sejam trazidos à luz."
O presidente também disse que espera que o Carrefour Brasil se comprometa à revisão completa das ações de treinamento dos colaboradores e de terceiros, que terá um plano de ação definido com o suporte de empresas externas para garantir a independência deste trabalho.