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Presidente mexicana acredita em boa relação com vencedor das eleições americanas

Durante coletiva de imprensa matutina, a mandatária foi questionada sobre os anúncios do candidato americano de impor tarifas progressivas

A Presidente do México Claudia SheinbaumA Presidente do México Claudia Sheinbaum - Foto: Handout / Presidência Mexicana / AFP

O México manterá boas relações com os Estados Unidos independentemente de quem vencer as eleições nesta terça-feira (5), declarou a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, após ameaças do republicano Donald Trump de impor tarifas alfandegárias caso o tráfico de drogas para o seu vizinho do norte continue.

Durante sua coletiva de imprensa matutina, a mandatária foi questionada sobre os anúncios do candidato americano de impor tarifas progressivas de 25% a 75% ao México e à China se o tráfico de fentanil para os EUA continuar.

"Haverá uma boa relação", disse Sheinbaum, sublinhando que em meio à campanha eleitoral, muitas vezes não se sabe os esforços realizados pelo México para combater o narcotráfico e para controlar o fluxo de migrantes para os Estados Unidos.

"No momento em que for determinado quem é o ganhador ou ganhadora (...) deve haver reuniões, informações de alto nível para que se saiba o que o México tem feito tanto em termos do combate ao tráfico de drogas, evitando que o fentanil chegue aos Estados Unidos (...) e também em termos de migração", declarou.

O fentanil é um opioide sintético até 50 vezes mais forte do que a heroína e 100 vezes mais forte do que a morfina, e a China e o México são essenciais na rota do seu tráfico ilegal. Acredita-se que o fentanil esteja ligado a um terço das mortes por overdose nos EUA.

Trump também tornou a questão migratória um dos pilares de sua campanha, acusando os estrangeiros sem documentos que chegam aos Estados Unidos de "assassinos" e ameaçando deportar milhões de pessoas.

Sheinbaum destacou ainda que os esforços do México contribuíram para que houvesse uma diminuição de 75% da chegada de migrantes na fronteira norte de dezembro de 2023 a outubro de 2024, de acordo com estimativas de seu governo.

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