MUNDO

Presidentes dos EUA e da China se encontrarão dia 15 para "estabilizar" laços

Encontro ocorrerá na próxima quarta-feira, em São Francisco

O presidente dos EUA Joe Biden e o presidente da China Xi Jinping apertam as mãos durante cúpula do G20 em Nusa Dua, na ilha indonésia de BaliO presidente dos EUA Joe Biden e o presidente da China Xi Jinping apertam as mãos durante cúpula do G20 em Nusa Dua, na ilha indonésia de Bali - Foto: Saul Loeb/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, irão se reunir na próxima quarta-feira, dia 15, na Baía de São Francisco, em uma tentativa de "estabilizar" as recentes tensões entre as superpotências rivais, informou a AFP, citando autoridades norte-americanas. Os Estados Unidos sediam neste mês uma cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, que inclui a China. A expectativa é de que Xi anuncie formamelmente sua ida nesta sexta-feira, de acordo com a CNN.

"O nosso objetivo será tentar tomar medidas que estabilizem de fato as relações entre os Estados Unidos e a China, eliminar alguns pontos de desentendimento e abrir novas linhas de comunicação" disse um alto funcionário da administração, sob anonimato nesta quinta-feira.

O interesse pelo encontro já havia sido manifestado por Biden em agosto deste ano. A última vez que os líderes das maiores potências mundiais se encontraram pessoalmente foi durante a reunião do G20 em novembro de 2022, em Bali, onde os líderes concordaram em trabalhar para diminuir a tensão entre as duas maiores economias mundiais.

Os funcionários garantem que Biden entrará na conferência com expectativas concretas e afirmam que não esperam uma longa lista de resultados, segundo a CNN. Nela, constam por exemplo o restabelecimento da comunicação militar entre as potências, além de conversas sobre os principais conflitos internacionais, que são a Guerra na Ucrânia e a Guerra Israel-Hamas. No campo do meio ambiente, a conversa deve tocar áreas para uma cooperação frente às mudanças cimáticas. Temas como o tráfico de drogas internacional e direitos humanos também entrarão na pauta. Por fim, Biden espera abordar a tensão no Mar da China Meridional, em torno de Taiwan, informou o jornal americano.

A China tem continuado com as investidas contra Taiwan e quase todo o Mar do Sul da China, que vê como território perdido. Nesta sexta-feira, as Filipinas acusaram Pequim de "assédio perigoso" na região. O incidente ocorre duas semanas depois que um barco da guarda costeira chinesa e um navio da milícia marítima colidiram com embarcações Filipinas. O encontro foi um dos mais hostis em mais de 20 anos de disputa pela área.

Biden e Xi se conhecem bem desde quando ambos eram vice-presidentes, apesar de uma série de declarações que irritaram Pequim. O presidente americano afirmou em agosto que a China era uma "bomba-relógio" devido aos seus problemas econômicos. Além disso, classificou Xi como um "ditador", restringiu o investimento dos EUA em setores de alta tecnologia na China e proibiu a exportação de microchips de última geração, medida que Pequim considera uma violação dos princípios do livre comércio. A cúpula realizada em agosto entre Biden e os líderes da Coreia do Sul e do Japão também foi um dos pontos de atrito entre as potências.

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