rio de janeiro

Preso por assalto a banco no Centro do Rio estava em prisão domiciliar

Maxwell Silva de Oliveira fez uma mulher refém por uma hora na tentativa de fuga

Mulher é mantida refém por ladrão de bancoMulher é mantida refém por ladrão de banco - Foto: Reprodução/Redes sociais

A Polícia Civil vai investigar se outras pessoas participaram na tentativa de assaltar um banco nesta quarta-feira (13) no Centro do Rio. O banco fica a 100 metros da Academia da Polícia Civil, do Batalhão de Choque da Polícia Militar, do Museu da Polícia Militar e a 300 metros da 6ª DP, que apura o crime. Foram presos na ação Marcelo Estrela Souza da Rocha, Maxwell Silva de Oliveira, e Henrique Rodrigues. Eles foram autuados por tentativa de roubo e associação criminosa. Após ser surpreendidos por policiais, Maxwell ainda manteve uma mulher refém por quase 1 hora. Ele estava em prisão domiciliar desde 2021 e cumpria pena por quatro roubos em penas que terminaria em 2031.

O homem estava preso desde 2016, quando foi pego em flagrante em um dos crimes. Após violações da condicional, em junho deste ano, a juíza Cariel Bezerra Patriota da Vara de Execuções Penais do Rio determinou que ele se justificasse suas violações de monitoramento em cinco dias. Segundo a decisão que determinou sua ida à prisão domiciliar, em 2021, ele deveria ser monitorado por tornozeleira eletrônica e ficar em sua residência entre 22h e 06h em caso de trabalho.

Durante a prisão de três criminosos pela Polícia Militar e Civil em um assalto a banco no Centro do Rio nesta quarta-feira, a Polícia Militar recuperou R$ 56 mil em uma mochila. O valor foi apresentado na 6ª DP junto com dois revólveres — que foram roubados pelos criminosos após renderem os seguranças da agência — e dois simulacros de pistola feitos de plástico — usados pelo grupo para entrar no banco — e uma moto.

A ação
Um sargento, lotado no Centro Cultural da Polícia Militar, que estava no banco na hora do assalto, contou ao Globo que dois homens entraram armados na agência e anunciaram o assalto. Um deles rendeu o segurança e, preocupado, gritou com medo do gerente acionar o botão do pânico.

Outro assaltante rendeu um segundo segurança, que estava atrás de uma proteção. O terceiro então começou a roubar os pertences dos clientes. Logo depois eles foram em direção ao caixa e, nesse momento, o policial conseguiu fugir do banco e acionar uma viatura do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (RECOM) que passava pela rua.

No entanto, dois pularam os muros da agência: Maxwell Silva e Henrique Rodrigues, que caiu após tentar passar sobre o teto de uma loja. Ele chegou a ser auxiliado por funcionários da loja que pensaram que ele poderia ter se acidentado pois no local uma obra estava acontecendo. Ele fugiu para outro estabelecimento e, ao correr, ele foi preso por um policial civil da 6ª DP que almoçava na rua.

Já Maxwell pulou também na loja, mas não conseguiu sair. Ele rendeu a funcionária Adriana Correa da Silva, de 41 anos, e a manteve refém por uma hora. O terceiro preso, Marcelo Estrela, saiu pela porta da frente se passando por um cliente, mas foi reconhecido justamente pelo policial de folga que estava no banco tentando fugir com um colete da Comlurb.

Dentro da loja haviam três funcionários. Um deles, um homem ainda não identificado, se escondeu e permaneceu no interior do estabelecimento durante a negociação entre o assaltante e os policiais. Uma outra funcionária, Maria Iracy da Silva, de 53 anos, conseguiu escapar.

Adriana afirmou que, no momento em que foi abordada, achou que se tratava de um pedreiro que trabalhava na obra do estabelecimento. No entanto, foi surpreendida quando ele sacou a arma. O outro funcionário relatou que, apesar de ter se trancado no almoxarifado, conseguiu ouvir tudo que o criminoso falava. Segundo ele, o bandido aterrorizou a vítima. Porém, depois contou que tinha mulher, disse que não iria matá-la e pediu para chamar a imprensa.

De acordo com o relato de testemunhas, tiros foram ouvidos. Quem estava na rua se escondeu atrás de carros estacionados e a via foi fechada. Com a Rua de Santana interditada, segundo o Centro de Operações Rio (COR), o trânsito está sendo desviado para a Rua Frei Caneca. O balanço feito às 15h aponta que os motoristas enfrentam retenções desde a Praça da Cruz Vermelha.

A Polícia Militar informou que "observaram uma movimentação atípica no interior da agência". Com os criminosos, os policiais apreenderam um revólver calibre 38, dois simulacros de arma de fogo e uma motocicleta roubada.

Uma equipe do Corpo de Bombeiros prestou atendimento à vítima tomada como refém, que passa bem.

Em nota, o Itaú Unibanco lamentou o ocorrido na agência Rio-Frei Caneca e informou que nenhum cliente foi ferido. O banco disse ainda que colabora com as autoridades policiais na investigação do caso.

A unidade está fechada, e os clientes poderão ser atendidos na agência localizada na Rua Riachuelo, 221, no Centro. O banco reforça ainda que as transações podem ser realizadas por meio de todos os outros canais disponíveis: Internet banking, aplicativos no celular, telefone e rede 24H.

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