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Equador

Presos mantêm 57 guardas e policiais reféns no Equador

Na quarta-feira, tropas de soldados e policiais realizaram uma operação de busca por armas, munições e explosivos em uma prisão na cidade

Foto: Rodrigo Buendia/AFP

Presos de uma penitenciária na cidade equatoriana de Cuenca, localizada nos Andes do sul do país, que desde quarta-feira protestam contra a transferência de detentos para outras prisões, mantém 57 agentes penitenciários e policiais como reféns, informou nesta quinta-feira (31) o ministro do Interior, Juan Zapata.

Em meio a um dia violento devido às explosões de dois carros-bomba em Quito, Zapata afirmou que sete dos reféns são policiais. “Estamos preocupados com a segurança dos nossos funcionários”, disse ele em coletiva de imprensa em Quito.

Na quarta-feira, tropas de soldados e policiais realizaram uma operação de busca por armas, munições e explosivos em uma prisão na cidade andina de Latacunga, no sul do Equador, uma das principais do país e cenários de repetidos massacres entre detenções que causaram mais de 430 mortes desde 2021.

As hipóteses sobre os reféns têm mudado ao longo do dia. Inicialmente, o órgão estatal responsável pelas prisões (Snai) afirmou que se tratava de uma retaliação pela “intervenção” das forças de segurança.

Posteriormente, as autoridades indicaram que a retenção é um protesto contra a transferência de detenções para outras prisões. Gangues ligadas ao tráfico de drogas travam uma guerra pelo poder e usam as prisões como centros de operações.

Diante dos confrontos violentos entre as organizações aliadas aos cartéis mexicanos e colombianos nas prisões, o presidente Guillermo Lasso decretou em 24 de julho o estado de exceção em todo o sistema penitenciário por 60 dias, o que permite a presença militar nas prisões.

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