Logo Folha de Pernambuco

Equador

Presos repatriados pelo Equador serão proibidos de retornar

Presidente ordenou ao órgão estatal que administra as prisões (SNAI) que processasse a repatriação de estrangeiros que cumprem pena no país

Presidente eleito do Equador, Daniel Noboa Presidente eleito do Equador, Daniel Noboa  - Foto: Rodrigo Buendia / AFP

Os prisioneiros repatriados do Equador serão proibidos de retornar "para sempre", disse, nesta terça-feira (30), o presidente Daniel Noboa, que ordenou o retorno dos prisioneiros estrangeiros aos seus respectivos países de origem.

Os repatriados "estão proibidos de entrar no Equador para sempre", disse Noboa em entrevista ao canal Ecuavisa.

Na segunda-feira (29), o presidente ordenou ao órgão estatal que administra as prisões (SNAI) que processasse a repatriação de estrangeiros que cumprem pena no país.

A medida, que tem sido chamada de "expulsão em massa" por países como a Colômbia, visa a reduzir a superlotação nos violentos presídios equatorianos, com capacidade para cerca de 30.200 detentos.

O governo esquerdista de Gustavo Petro rejeitou o plano de Noboa envolvendo cerca de 1.500 prisioneiros colombianos, considerando-o uma medida unilateral que, na prática, resultaria na libertação das pessoas devolvidas no outro lado da fronteira.

Questionado sobre a posição de Bogotá, Noboa afirmou: "isso é problema da Colômbia, mas essas pessoas não poderão voltar a entrar no Equador".

De acordo com o censo penitenciário de 2022, havia 31.300 presos nos 36 presídios equatorianos, 3.200 deles estrangeiros.

Em seu plano para pacificar o sistema prisional, Noboa planeja construir dos presídios de segurança máxima nos próximos onze meses para os detentos mais perigosos.

O presidente, que assumiu o cargo em novembro por um breve período até 2025, declarou guerra a cerca de vinte quadrilhas de narcotraficantes ligadas a cartéis colombianos e mexicanos após a fuga de um chefe do tráfico.

Em meio à violência, o presidente mobilizou força militar nas ruas e prisões, resultando em cerca de 4.500 detidos e 40 toneladas de drogas apreendidas este mês.

A resposta violenta das gangues deixou cerca de vinte mortos em pouco mais de uma semana.

Veja também

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos
Ucrânia

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível
Gaza

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível

Newsletter