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Primeira-dama do Peru depõe ante procurador por suposto tráfico de influência

Lilia Paredes foi convocada após um programa de TV exibir video de irmã e empresário de construção oferecendo obras de saneamento em um povoado de Cajamarca

Primeira dama do Peru, Lilia Paredes Navarro Primeira dama do Peru, Lilia Paredes Navarro  - Foto: Reprodução Twitter

Lilia Paredes, esposa do presidente peruano, Pedro Castillo, depôs nesta sexta-feira (8) durante três horas perante um procurador que investiga um caso de suposto tráfico de influências que envolve sua irmã.

A primeira-dama "respondeu a todas as perguntas que o Ministério Público fez, podendo ter ficado silêncio", informou seu advogado, Benji Espinoza, após a conclusão do interrogatório.

"Foram mais de 30 perguntas feitas durante três horas", disse o advogado aos jornalistas do lado de fora da procuradoria em Lima, sem revelar o que sua cliente declarou ao procurador Jony Peña.

A procuradoria convocou a primeira-dama depois que um programa de TV dominical afirmou que sua irmã, Yenifer Paredes, e um empresário da construção ofereciam obras de saneamento em um povoado de Cajamarca, região do norte do Peru de onde são originários o presidente e sua família.

O empresário em questão, Jhony Espino, tinha se reunido com a primeira-dama em Lima, e a procuradoria tomou conhecimento do fato ao revisar os livros de visita do palácio de governo.

O programa Cuarto Poder exibiu um vídeo, gravado em setembro de 2021, no qual Yenifer Paredes e Espino aparecem em uma reunião com os moradores durante a qual supostamente falam sobre as obras de saneamento.

Ambos foram convocados a depor na segunda-feira perante o procurador Peña.

Espino visitou cinco vezes o palácio de governo durante a administração de Castillo, iniciada há quase um ano, segundo o portal da transparência do Estado.

Em 13 de maio, a primeira-dama também compareceu perante a procuradoria em outro caso de suposta corrupção que salpica o chefe de Estado, mas na ocasião reservou-se o direito de permanecer em silêncio.

Além disso, em 17 de junho, Castillo depôs durante quatro horas perante um procurador que o investiga por suposto tráfico de influência, organização criminosa e conluio qualificado em um caso que envolve dois sobrinhos e dois ex-funcionários de confiança.

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