ESTADOS UNIDOS

Primeira foto sobre cocaína encontrada na Casa Branca é divulgada; Serviço Secreto não achou digital

Agência não conseguiu obter evidências físicas para vincular a substância a alguma pessoa

Saquinho com cerca um grama de cocaína foi achado em locker da Casa Branca Saquinho com cerca um grama de cocaína foi achado em locker da Casa Branca  - Foto: Department of Homeland Security

Um saquinho com cerca de um grama de cocaína, num armário perto da entrada executiva oeste da Casa Branca. Foram divulgadas as primeiras fotos da droga encontrada, em meados deste ano, na sede do poder americano em Washington. O jornal "DailyMail" teve acesso, via Lei de Liberdade de Informação (FOIA), às imagens que subsidiaram uma investigação do Serviço Secreto do país.

O Serviço Secreto encerrou sua investigação sobre a cocaína encontrada na Casa Branca, em Washington sem identificar um suspeito. A agência disse, em julho, que realizou uma "revisão metódica", incluindo a identificação de várias centenas de pessoas que podem ter acessado a área onde a droga foi encontrada, mas não conseguiu obter evidências físicas, como uma amostra de DNA ou digitais, para vincular a substância a alguém.

"Sem provas físicas, a investigação não será capaz de destacar uma pessoa de interesse entre as centenas de indivíduos que passaram pelo local onde a cocaína foi descoberta", disse a agência em comunicado. "Neste momento, a investigação do Serviço Secreto está encerrada devido à falta de evidências físicas."

A agência também não conseguiu encontrar imagens de vídeo de vigilância para ajudar os investigadores a identificar quem trouxe a droga ilícita para o complexo, destacou o comunicado. As fotos do Department of Homeland Security mostram que o saquinho de cocaína estava no locker 50 da Ala Oeste.

A justificativa mais plausível até o momento é a de que o pacote tenha sido deixado para trás por um dos visitantes que entraram e saíram do prédio na semana passada, conforme afirmou uma pessoa familiarizada com a investigação que falou sob anonimato à agência de notícias AP.

A cocaína foi descoberta no início de julho em uma área do saguão da Ala Oeste, onde pessoas podem guardar seus telefones ou dispositivos pessoais em um cubículo. O Serviço Secreto, a agência encarregada de proteger funcionários do alto escalão, descreveu anteriormente a área como um espaço de alto tráfego usado por visitantes e funcionários.
 

A descoberta provocou um frenesi na mídia e entre os republicanos, que receberam informações nesta quinta-feira sobre os resultados da investigação, segundo a AP.

— Não existe justiça igual — disse o presidente da Câmara, Kevin McCarthy. — Qualquer coisa envolvendo "Biden, Inc." é tratada de forma diferente de qualquer outro americano e isso tem que parar.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse na semana passada que o presidente Joe Biden havia sido informado sobre o andamento da investigação, a qual julgava ser "incrivelmente importante".

Biden e família estavam em Camp David quando um agente uniformizado do Serviço Secreto encontrou a substância, provocando um breve fechamento de parte da Casa Branca, enquanto os funcionários avaliavam se a substância era perigosa.

Mais tarde naquela noite, um teste da substância por funcionários da equipe de materiais perigosos retornou o resultado: "Temos uma barra amarela dizendo cloridrato de cocaína", disse um oficial em um despacho enviado às 20h49 (do horário local) e registrados por um site que reúne as comunicações de rádio da agência. (Com Bloomberg.)

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