NOVA YORK

Primeira viagem de Milei como presidente eleito será uma visita ao túmulo de um rabino nos EUA

O economista já havia declarado anteriormente que, caso ganhasse a eleição argentina, suas primeiras viagens oficiais seriam aos EUA e a Israel

Presidente eleito da Argentina, Javier MileiPresidente eleito da Argentina, Javier Milei - Foto: Luís Robayo/AFP

Em sua primeira viagem após ser eleito presidente da Argentina, Javier Milei voará na sexta-feira (24) para Nova York, nos Estados Unidos, para visitar o túmulo do rabino Menachem Mendel Schneerson, conhecido como "Lubavitch Rebe", considerado um dos líderes judeus mais influentes do século XX. A visita, disse Milei, é por "questões religiosas" e foi programada antes mesmo das eleições.

Segundo a imprensa argentina, Washington chegou a oferecer a Milei uma agenda de alto nível com a administração do presidente americano, Joe Biden, ao saber da visita. Contudo, o presidente eleito, por ora, optou por retornar a Buenos Aires na noite de sábado.

O economista já havia declarado anteriormente que, caso ganhasse a eleição, suas primeiras viagens oficiais seriam aos EUA e a Israel, antes mesmo de tomar posse. Desde a campanha, Milei já previa que os EUA e Israel seriam chave para os seus alinhamentos internacionais.

Nas últimas horas, o argentino recebeu um telefonema de felicitações de Biden, que lhe pediu que continuasse a construir a "relação forte" entre as duas nações.

Ele também se comunicou o antecessor de Biden, o republicano Donald Trump, com quem Milei mantém um forte vínculo ideológico. Trump — que já lhe havia enviado uma mensagem no mesmo domingo em que derrotou o peronista Sergio Massa — também confirmou uma visita à cidade de Buenos Aires para se encontrar com o líder do A Liberdade Avança, ainda sem data.

A conversa e seu conteúdo foram confirmados pelo gabinete de imprensa de Milei em um comunicado na tarde desta quinta-feira.

Já a viagem a Israel, que havia sido programada para antes da posse, foi adiada, disse Milei em um programa de TV na noite de quarta-feira. Ele revelou também suas intenções de se reunir com o Papa Francisco no Vaticano, apesar das graves acusações que fez ao pontífice durante a campanha.

— Obviamente, se o Papa me aceitar, irei visitá-lo em Roma. Não falei sobre isso, mas vamos tentar — disse o argentino.

"Lubavitch Rebe" — que nasceu em 5 de abril de 1902 no porto de Nikolaev, no Mar Negro, no Império Russo (hoje Mykolaiv, na Ucrânia) e mais tarde emigrou para os Estados Unidos — foi um líder influente e cuja figura ainda atrai grande atenção. O homem foi visitado por presidentes americanos como John F. Kennedy, Franklin Roosevelt Jr., Ronald Reagan e Jimmy Carter. Da mesma forma, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o definiu como uma pessoa que "mudou o mundo". 

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