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Faixa de Gaza

Primeiras 1.000 vacinas contra coronavírus entram nesta quarta em Gaza

A Faixa de Gaza tem sido objeto de bloqueio israelense por mais de uma década

Vista aérea da cidade de GazaVista aérea da cidade de Gaza - Foto: Mohammed Abed/AFP

Um primeiro lote de mil vacinas contra o coronavírus doadas pela Rússia entrará na Faixa de Gaza nesta quarta-feira (17) - disseram autoridades israelenses à AFP, após terem bloqueado a entrega do imunizante a este território palestino. 

"Nesta quarta-feira de manhã, 1.000 vacinas Sputnik V doadas pela Rússia (...) foram transferidas pela Autoridade Palestina (na Cisjordânia) para a Faixa de Gaza depois de ter obtido autorização", explicou o Cogat, órgão israelense responsável pelas operações civis nos territórios palestinos. 

"As vacinas estão a caminho da passagem de Erez", na fronteira entre a Faixa e Israel. 

Lar de cerca de dois milhões de palestinos, a Faixa de Gaza tem sido objeto de bloqueio israelense por mais de uma década. 

A Autoridade Palestina, com sede em Ramallah, na Cisjordânia, acusou Israel, na segunda-feira, de impedir a entrada dessas vacinas em Gaza. O Cogat respondeu que o pedido palestino estava "em estudo e que se esperava uma decisão política".

O movimento islamista palestino Hamas, que governa em Gaza, território fisicamente separado da Cisjordânia, denunciou uma "violação" do direito internacional. 

Desde o início da pandemia, mais de 53.700 casos e 538 mortes foram registrados em Gaza. Agora, as autoridades sanitárias consideram que as infecções estão diminuindo. 

Na Cisjordânia, o Ministério da Saúde registrou mais de 115.700 casos de contágio e 1.400 óbitos.

Em fevereiro, a Autoridade Palestina começou a vacinação dos profissionais de saúde da Cisjordânia, após receber 2.000 doses de Israel. Informou-se ainda que foram recebidas 10.000 vacinas Sputnik V e que a intenção era compartilhá-las com Gaza. 

Nos próximos dias, os palestinos também receberão 50 mil doses, no âmbito do mecanismo Covax, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para que países com menos recursos também possam receber vacinas.

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