Renúncia no Peru

Primeiro-ministro peruano Aníbal Torres renuncia

Aníbal Torres é o quarto chefe de gabinete a deixar o cargo em meio às polêmicas que envolvem Castillo

O Presidente do Peru, Pedro Castillo (esquerda), parabeniza Anibal Torres após ele tomar posse como Chefe de Gabinete em LimaO Presidente do Peru, Pedro Castillo (esquerda), parabeniza Anibal Torres após ele tomar posse como Chefe de Gabinete em Lima - Foto: Presidência Peruana / Cesar Fajardo / AFP

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O primeiro-ministro do Peru, Aníbal Torres, apresentou sua renúncia ao presidente Pedro Castillo, o que provocará uma reorganização no gabinete em um momento em que o presidente é investigado por casos de corrupção, informou o governo nesta quarta-feira (3).

"Por motivos pessoais coloco à sua disposição o cargo de presidente do Conselho de Ministros", indicou Torres em uma carta enviada ao presidente. 

"Aproveito esta oportunidade para agradecer pela confiança depositada em mim, primeiro como ministro da Justiça e depois como premier", acrescentou na carta publicada no Twitter.

Torres, que assumiu o cargo em fevereiro, é o quarto chefe de gabinete a deixar o cargo em meio às polêmicas que envolvem Castillo.

O Ministério Público tem cinco investigações abertas sobre o presidente, entre elas por suposta corrupção e conluio agravado em um projeto de obras públicas, por plágio em sua tese universitária e por tráfico de influência em um contrato de aquisição de combustível do Estado.

É tradição no Peru que todos os ministros ponham seus cargos à disposição do presidente quando o primeiro-ministro renuncia, a quem cabe coordenar os membros do gabinete e administrar as relações do Executivo com os demais poderes do Estado.

Torres, de 79 anos, acompanhou Castillo desde seu tempo como candidato à presidência e foi nomeado ministro da Justiça no primeiro gabinete ministerial do governo, cargo que ocupou até fevereiro. 

Castillo comemorou um ano no poder em 28 de julho e, além do cerco judicial, enfrentou duas tentativas de impeachment do Congresso e tem uma reprovação de 74% na opinião pública, segundo pesquisas.

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