PERNAMBUCO

Principal executor das 4 mortes é o primeiro dos oito acusados pela Chacina de Poção que é julgado

Chacina ocorreu em 2015

Julgamento de Wellington Silvestre dos Santos pela Chacina de PoçãoJulgamento de Wellington Silvestre dos Santos pela Chacina de Poção - Foto: Júnior Soares/Folha de Pernambuco

Apontado como o principal executor das mortes, Wellington Silvestre dos Santos é o primeiro dos acusados da Chacina de Poção a ser julgado. A chacina, na qual morreram quatro pessoas, ocorreu em 6 de fevereiro de 2015, quando as vítimas estavam dentro de um carro, no Sítio Cafundó, zona rural de Poção, no Agreste de Pernambuco. Outras sete pessoas foram acusadas, entre elas, a mandante dos assassinatos, a oficial de Justiça Bernadete Siqueira Britto de Rocha.

A mulher é avó paterna da criança de 3 anos que estava no veículo, junto com a avó materna, Ana Rita Venâncio, de 62 anos, também executada. A menina sobreviveu ao crime. “No depoimento do socorrista do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), a menina estava imóvel e em estado de choque, coberta de sangue e massa encefálica da avó”, detalhou, no primeiro dia do julgamento, a promotora de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) Themes da Costa, que atua na acusação do caso.

À época do crime, Wellington foi denunciado pelos quatro homicídios qualificados, pela emboscada, mediante pagamento e com característica de grupo de extermínio. Os delitos estão previstos no Artigo 121 §2º, incisos I e IV, e §6º do Código Penal. 

A denúncia incluia, ainda, a tentativa de homicídio da menina, que foi encontrada pela polícia em estado de choque nos braços da avó que foi executada. O motivo foi o fato de que os autores, durante a prática do crime, assumiram o risco de atingir a menor. Ainda assim, essa tese não foi aceita pela Justiça.

Todos os outros sete participantes do crime estavam presos desde a primeira denúncia, em 2015, exceto por Wellington, que estava foragido. Sua captura aconteceu apenas em 25 de outubro de 2016, quando foi aberto um novo processo para julgá-lo. 

O julgamento do réu, assim como dos outros participantes do crime, estava marcado inicialmente para dezembro do ano passado, mas precisou ser adiado. O motivo foi a alegação, por meio de apresentação de atestado médico, de que Wellington estava com problemas de saúde e impossibilitado de comparecer ao tribunal. A doença não foi revelada. Ele segue detido na Paraíba e participa da sessão por videochamada.

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