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Príncipe Andrew é envolvido em novo escândalo por relação com suposto espião da China

O Ministério do Interior considerou que esse indivíduo estava envolvido em "atividades secretas e enganosas" em favor do Partido Comunista da China e representava uma ameaça à segurança nacional

O príncipe Andrew, duque de York, da Grã-BretanhaO príncipe Andrew, duque de York, da Grã-Bretanha - Foto: Justin Tallis / AFP

O príncipe Andrew, afastado da vida pública devido à amizade com o empresário Jeffrey Epstein, acusado de abuso sexual de menores, foi envolvido em outro escândalo relacionado à sua conexão com um suposto espião chinês, reportou a imprensa britânica nesta sexta-feira (13).

Um tribunal de Londres confirmou na quinta-feira a decisão das autoridades britânicas, tomada em 2023, de proibir a entrada no país desse homem, descrito como "alguém próximo" ao príncipe Andrew, duque de York e irmão do rei Charles III.

O Ministério do Interior considerou que esse indivíduo estava envolvido em "atividades secretas e enganosas" em favor do Partido Comunista da China e representava uma ameaça à segurança nacional.

O homem, de 50 anos, identificado como "H6", recorreu dessa decisão, mas sua apelação foi indeferida pela justiça britânica.

Os juízes concluíram que "H6" poderia "facilitar relações entre altos funcionários chineses e personalidades britânicas que poderiam ser exploradas" por autoridades de Pequim.

A proximidade do suposto espião com o príncipe Andrew era tamanha que este chegou a convidar "H6" para sua festa de aniversário em 2020, conforme revelado em uma audiência realizada em julho. Além disso, destacou-se que o acusado tinha permissão para agir em nome do duque de York na busca de investidores chineses.

O ex-secretário de Estado de Segurança do governo conservador anterior, Tom Tugendhat, declarou nesta sexta-feira à BBC que o caso era "extremamente embaraçoso".

"Isso demonstra - receio - a ambição muito clara do Estado chinês de exercer sua influência em países estrangeiros", acrescentou.

Por sua vez, o gabinete do príncipe Andrew afirmou em um comunicado nesta sexta-feira que "seguiu as orientações" do governo e "encerrou qualquer contato" com o indivíduo "assim que surgiram preocupações".

O príncipe Andrew, de 64 anos, renunciou a suas funções reais em 2019 devido aos laços com o falecido empresário americano Jeffrey Epstein, que cometeu suicídio na prisão no mesmo ano, e às acusações de agressão sexual.

O irmão do rei, que sempre negou as acusações, chegou a um acordo amigável em fevereiro de 2022 com Virginia Giuffre, de 40 anos, que o acusava de tê-la agredido sexualmente em 2001, quando ela tinha 17 anos e fazia parte da rede de tráfico de menores chefiada por Epstein.

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