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Prisão de suspeitos de serem mandantes da morte de Marielle Franco tem repercussão internacional

O jornal "The Washington Post", dos Estados Unidos, destacou que Marielle Franco virou símbolo

Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes  - Foto: Reprodução

A prisão dos mandantes da morte de Marielle Franco neste domingo teve repercussão internacional. O jornal "The Washington Post", dos Estados Unidos, o "The Guardian", do Reino Unido, e o "El País", da Espanha, foram alguns dos que destacaram a prisão dos suspeitos de serem os mandantes do crime contra a vereadora e o motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.

O "Washington Post" salientou que foi dado "um passo há muito tempo esperado, depois de anos de clamor por justiça". O jornal explicou ainda do que se tratam as milícias, grupos aos quais alguns dos mandantes estariam associados.

"Duas fontes da Polícia Federal com conhecimento da investigação disseram à Associated Press que o deputado Chiquinho Brazão e seu irmão Domingos Brazão, membro do órgão de fiscalização de contas do estado do Rio, foram detidos sob suspeita de ordenarem o ataque contra Franco. Ambos têm ligações com grupos criminosos conhecidos como milícias, que cobram ilegalmente a moradores de algumas localidades serviços, incluindo proteção", disse a publicação.

Foi destacado ainda que a violência política "não é incomum no Rio, e tais assassinatos estão frequentemente ligados a disputas territoriais e políticas. Mas normalmente ficam sem solução e nunca provocam o mesmo nível de reação que a morte de Marielle provocou". O texto ressalta que a vereadora era "uma estrela política em ascensão" e que se tornou conhecida por "expor o abuso policial e a violência contra moradores de bairros da classe trabalhadora conhecidos como favelas".

O "The Guardian", do Reino Unido, destacou no título que um dos suspeitos de envolvimento no crime é ex-chefe da polícia civil. O jornal se refere a Rivaldo Barbosa, delegado que chefiou a Polícia Civil do Rio e teria atuado para proteger "dois políticos poderosos", o deputado federal Chiquinho Brazão e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão.

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