Problemas renais crônicos: entenda as doenças que podem ter causado a morte da Vovó Palmirinha
Apresentadora de 91 anos estava internada há quase um mês em decorrência de complicações de saúde
Vovó Palmirinha morreu neste domingo (7) em decorrência de agravamento de problemas renais crônicos, segundo informou a família, em um comunicado, sem detalhar qual doença renal teria provocado a morte da idosa. A apresentadora, de 91 anos, estava internada desde o dia 11 de abril no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.
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Os rins são órgãos vitais para o corpo humano. Eles funcionam como filtros do sangue, removendo resíduos tóxicos — como ureia, creatinina e ácido úrico — que entram na corrente sanguínea como resultado do metabolismo do organismo. O órgão também participa da produção de hormônios e substâncias que influenciam na saúde dos ossos, no transporte de oxigênio no corpo e regulam a pressão arterial.
Sintomas de que os rins não estão funcionando como deveriam:
Sangue na urina
Urina com espuma
Edemas (inchaços)
Cansaço
Anemia
Dores nas costas
Redução do volume da urina
Perda do apetite
Náuseas e vômitos
Os principais fatores de risco para as doenças renais crônicas são:
Pessoas com diabetes (quer seja do tipo 1 ou do tipo 2)
Pessoa hipertensa
Idosos
Pessoas com obesidade
Histórico de doença do aparelho circulatório (doença coronariana, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica, insuficiência cardíaca)
Histórico de doença renal crônica na família
Tabagismo
Uso de agentes nefrotóxicos, principalmente medicações que necessitam de ajustes em pacientes com alteração da função renal
O tratamento para as doenças renais vai depender do diagnósticos. Casos em que o comprometimento da função renal é grande, podem ser indicados a hemodiálise, a diálise peritoneal e até um transplante renal.
Veja abaixo algumas das doenças que podem surgir e comprometer os rins.
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Insuficiência renal
Insuficiência renal é a condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar suas funções básicas. A insuficiência renal pode ser aguda (IRA), quando ocorre súbita e rápida perda da função renal, ou crônica (IRC), quando esta perda é lenta, progressiva e irreversível.
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), quando ocorre a insuficiência renal, as toxinas podem chegar a níveis perigosos e afetar a composição química do seu sangue, desequilibrando-o.
A IRC pode ocorrer durante vários anos, apresentando poucos sintomas ou até mesmo ser assintomática. Por isso, quando o paciente começa a apresentar sinais mais perceptíveis, seus rins já estão bem lesionados. A melhor maneira de acompanhar o bom funcionamento dos rins é através de exames de sangue periódicos.
Já a IRA é mais comum em pacientes que já estão no hospital com alguma outra condição. Pode desenvolver-se rapidamente ao longo de algumas horas ou mais lentamente, durante alguns dias. Pessoas que estão gravemente doentes e necessitam de cuidados intensivos estão em maior risco de desenvolver insuficiência renal aguda. Insuficiência renal aguda pode ser fatal e requer tratamento intensivo. No entanto, pode ser reversível. Tudo depende do estado de saúde do paciente.
Glomerulopatia
As glomerulopatias, conhecidas como glomerulonefrites, são doenças que acometem os glomérulos, estruturas formadas por capilares sanguíneos e células responsáveis pela ultrafiltração do plasma — uma das partes do sangue.
"São doenças muito variadas, algumas de natureza aguda, outras de curso crônico; umas de caráter eminentemente inflamatório, outras não", informa a SBN. Algumas dessas doenças são tratáveis.
Esse problema renal é classificado de duas formas: primário, se tiver origem nos rins e afetar apenas esses órgãos; secundários, se ocorrer em decorrência de outras doenças como diabetes, hepatites e doenças autoimunes.
Litíase renal
Popularmente conhecida como pedra nos rins ou cálculo renal, a litíase renal é caracterizada pela cristalização de sais minerais presentes na urina. Quando esses minerais — oxalato de cálcio, ácido úrico e fosfato de cálcio — se acumulam e formam pequenas pedras, seja por alterações metabólicas do corpo ou por dieta e ingestão de água inadequadas.
Quando não tratadas, podem levar à hidronefrose (dilatação do rim) e à pielonefrite (inflamação renal provocada pela ação de bactérias nos rins), provocando lesões nos órgãos e possível perda deles.
Infecção urinária
A infecção do trato urinário (ITU) é uma das causas mais comuns de infecção na população geral, segundo a SBN. As mulheres são mais vulneráveis porque possuem uma uretra menor, em comparação com os homens, e maior proximidade entre a vagina e o ânus. Porém, os homens também são acometidos, principalmente quando há doença prostática associada.
A ITU é definida pela presença de agente infeccioso na urina. Ela pode acometer somente o trato urinário baixo, sendo chamada de “cistite”, ou afetar também o trato urinário superior (infecção urinária alta), sendo chamada de “pielonefrite”.