CORONAVIRUS

Processamento de testes para Covid-19 também será feito no Sertão de Pernambuco

Análise de exames moleculares do tipo RT-PCR será realizada no laboratório da Univasf, em Petrolina

Teste para detectar o novo coronavírusTeste para detectar o novo coronavírus - Foto: Miva Filho/SES-PE

O processamento de testes para detectar o novo coronavírus em Pernambuco será ampliado para o Sertão. A partir do próximo dia 31, um centro de processamento de exames de biologia molecular (R-PCR) começará a funcionar no Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina. A unidade será a primeira do tipo na região e já possui credenciamento efetivado pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE). Essa é uma parceria da instituição federal com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), Ministério da Educação (MEC), Prefeitura de Petrolina e parceiros privados. 

Em Pernambuco, já foram realizados 135.316 exames moleculares do tipo RT-PCR, como os que serão realizados pela Univasf. O Estado é o sexto do país com relação aos que mais testaram utilizado o exame, que é considerado padrão-ouro com relação à confirmação da Covid-19. Atualmente, a testagem para a Covid-19 é ofertada para toda a população com sintomas gripais, mesmo que leves.

Com o laboratório localizado no Sertão, a agilidade no resultado de pacientes da região será maior. A expectativa é de que o laboratório, inicialmente, faça a análise de 30 amostras por dia, chegando a uma capacidade de 500 semanalmente. O convênio com o Governo de Pernambuco tem a duração de seis meses e fará uso de toda a infraestrutura e pessoal - professores e alunos ficarão responsáveis pelas análises - para a realização das análises. 

"Essa parceria dará mais agilidade na liberação dos resultados dos pacientes da região, já que antes era preciso que as amostras fossem encaminhadas até o Lacen, no Recife, para o processamento. Além de diminuir as distâncias, essa é uma forma de fortalecer a universidade pública na produção de conhecimento, seja na graduação e pós-graduação seja em atividades de extensão e pesquisa", afirma o secretário estadual de Saúde, André Longo. 

"Esta iniciativa foi possível a partir dos esforços da União, do Estado e do município, além da solidariedade de parceiros como o movimento Respira Vida. Com o credenciamento do nosso laboratório pelo Lacen, vamos conseguir processar o material coletado na região, dando celeridade e uma resposta mais rápida à população em geral, além da produção de conhecimento na nossa instituição. Alunos, professores e profissionais de outros setores da Univasf estarão empenhados em dar sua contribuição para a sociedade nesse trabalho", diz o presidente da Comissão de enfrentamento à Covid-19 da Univasf, Anderson Armstrong.

Técnicos do Lacen-PE visitaram Petrolina nessa quinta-feira (20) para treinamento e capacitação da equipe da Univasf. No início da próxima semana, serão fechados os fluxos para recebimento das amostras e liberação dos resultados para o Estado. 

O secretário de Saúde ainda lembra que essa descentralização faz parte do esforço do Estado para a testagem da população com sintomas sugestivos do novo coronavírus.  "Desde o início da pandemia, estamos investindo nos exames de biologia molecular, que é considerado o padrão ouro e que detecta a atividade viral em sua fase mais aguda, ou seja, quando a carga de transmissão do paciente está mais alta. Inicialmente, nosso foco era testar todos os pacientes graves e óbitos suspeitos, em um momento de grande escassez e busca por esse insumo no mercado nacional e internacional. Com o aumento da disponibilidade para compra, agora conseguimos ofertar o teste também para casos leves sintomáticos". Segundo André Longo, a capacidade será ampliada: "Em breve, ainda colocaremos duas novas máquinas em funcionamento no Lacen, automatizando o processo e quadruplicando a capacidade de processamento",o.

Além do RT-PCR, são ofertados na rede pública os testes rápidos, que têm menor sensibilidade, com um percentual de detecção em torno de 40%. Esses testes mostram a atividade sorológica, atendendo pacientes na fase final da doença ou até mesmo já curados.
 

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