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Coronavírus

Produtora no Brasil defende uso da ivermectina contra Covid-19

Vitamedic contesta declaração da Merck (MSD no Brasil), produtora inicial da droga

Caixa de ivermectinaCaixa de ivermectina - Foto: Divulgação

Produtora da ivermectina no Brasil há mais de uma década, a Vitamedic Indústria Farmacêutica defende o uso da droga no tratamento da Covid-19. 

A fabricante contesta declaração da Merck (MSD no Brasil), produtora inicial da droga, que afirmou, em 4 de fevereiro, que não há evidências pré-clínicas nem clínicas de eficácia da ivermectina no combate à doença causada pelo coronavírus Sars-CoV-2.

Para defender seu posicionamento, a Vitamedic cita estudos desenvolvidos em instituições de vários países, como Austrália, Inglaterra, Estados Unidos, Egito, Argentina, Eslováquia, Egito, Peru e México.

Segundo a Vitamedic, esses estudos apontaram a ivermectina como um antiviral, o que conta com a adesão de médicos e autoridades de saúde em inúmeros países. O medicamento é considerado uma alternativa eficaz, de baixo custo e reduzido risco quanto à sua segurança.

“Achamos estranho o posicionamento da Merck, porque só se pode afirmar que um medicamento é eficaz a partir de estudos. Teria que divulgar esses estudos, nos pareceu interesse econômico atrás disso, já que eles estão produzindo uma droga para o tratamento da Covid”, explica o diretor superintendente da Vitamedic, Jailton Batista.

O representante da empresa ressalta que estudos realizados em diversos países, o primeiro deles na Universidade Monash, de Melbourne, na Austrália, indicam a ação antiviral da ivermectina. 

“Por isso, a ivermectina foi recomendada para uso nos tratamentos iniciais da Covid-19. Um estudo clínico ou pré-clínico, assim como a vacina, não se faz tão rapidamente. Até a vacina foi liberada no mundo inteiro de forma emergencial para depois continuarem sendo feitos os testes”, acrescenta Jailton.

O diretor da Vitamedic acrescenta que os estudos trabalham também para mudar a questão terapêutica da droga que aparece na bula. “A ivermectina é um medicamento de baixo custo e não tem efeitos colaterais importantes. A comunidade médica considerou segura para incluir nos protocolos para reduzir o impacto da pandemia na população”, continua o diretor.

Por fim, Jailton defende que é direito e autonomia do médico a escolha de qual medicamento vai prescrever ao paciente. “Cabe ao médico, que tem liberdade e autonomia, cuidar do seu paciente. Uma vez que o paciente se apresenta doente, é o  médico que tem que tomar a decisão. Ele não pode deixar de fazer nada, tem que o usar o que existe. Não adianta condenar ou polemizar sobre isso”, finaliza Jailton Batista.

O que diz a Merck
Em comunicado publicado em 4 de fevereiro, a Merck (MSD no Brasil) havia dito que os cientistas da farmacêutica, ao analisarem achados de todos os estudos disponíveis sobre eficácia e segurança do uso da ivermectina para tratamento de Covid-19, não haviam encontrado "evidência significativa de eficácia clínica em pacientes", com a doença.

A Merck alegou a falta de eficácia em estudos clínicos e pré-clínicos e indicou uma "preocupante falta de dados sobre segurança de uso da droga na maioria dos estudos disponíveis".

A farmacêutica aponta que o medicamento é indicado para tratamento de doenças, como a cegueira dos rios, causadas por parasitas.

A nota também elencou contraindicações, possíveis efeitos adversos e limitações de uso e de conhecimento para populações específicas, como gestantes, crianças com menos de 15 quilos e pessoas a partir dos 65 anos.

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