Professores avaliam como dentro do esperado provas do segundo dia do Enem 2022
As provas contaram com 90 questões objetivas, sendo 45 de Matemática e 45 questões de ciências da natureza, que engloba Química, Física e Biologia
Um misto de questões mais acessíveis com outras mais densas marcou o segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 que aconteceu, neste domingo (20), para estudantes de todo o Brasil. Em Pernambuco, a avaliação foi realizada em 83 municípios e no arquipélago de Fernando de Noronha.
As provas contaram com 90 questões objetivas divididas em 45 de Matemática e 45 de Ciências da Natureza, que engloba Química, Física e Biologia. A aplicação teve duração de 5 horas e acabou às 18h30.
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Professores comentam prova
De maneira geral, os professores avaliaram a prova como acessível para os alunos que estudaram ao longo do ano, exceto na parte de Física, que apresentou questões mais trabalhosas. Além disso, alguns conteúdos ficaram em falta na avaliação.
“Na prova de Matemática, a gente sentiu falta de alguns conteúdos, mas em relação à prova do ano passado, eram muitos cálculos, e isso demandava muito mais tempo do estudante e dessa vez ele conseguiu fazer uma prova naquele tempo estabelecido referente à matéria. Toda prova tem o que se comentar de forma positiva ou negativa, mas as questões em si tinham conexões e isso ajudava bastante”, ponderou o professor de Matemática Jonas Henrique, do Colégio Motivo.
Quanto à Biologia, o professor Mário Mattos, do Motivo, destacou que a prova foi tranquila, porém, muitos conteúdos programados para caírem no exame não foram abordados.
“Como nos dois anos anteriores, foi uma prova conteudista, mas acessível para os alunos. Os conteúdos que mais caíram foram citologia, genética, evolução, programa de saúde, SARS-CoV-2 I, ecologia, botânica e biotecnologia. Para mim, na prova de Biologia vejo a ausência de muitos conteúdos, como zoologia, bioenergética, divisão celular, origem da vida, mas acredito que a prova foi tranquila para os alunos”, afirmou.
Para o professor de Física Antonio Lorena, também do Colégio Motivo, a prova seguiu o padrão dos últimos três anos, com questões mais conteudistas que necessitavam de conhecimentos específicos.
“Temos uma grande quantidade de questões exigindo cálculos demorados, então isso pode atrapalhar o aluno na hora da resolução, principalmente quando o quesito é o tempo. Em relação aos outros anos, é difícil dizer se é uma prova mais difícil, a gente tem que analisar o todo, o conjunto dela com Química e Biologia, mas foi uma prova bem trabalhosa, uma prova tensa, com pouquíssimas questões fáceis”, disse.
O professor de Química Juan Bandeira, também do Motivo, avaliou a prova como dentro do esperado. Apesar de abranger diversos conteúdos, a parte de química seguiu o padrão dos Enem anteriores.
“Foi uma prova que tinha questões fáceis, questões médias e algumas questões de nível mais elevado, mas seguindo aquele padrão e aquele estilo do Enem, inclusive com questões espelhadas que já foram cobradas em edições anteriores. As questões procuraram, algumas delas, inserir mais de um conteúdo, tanto no enunciado, como também no raciocínio para você responder e também na questão da análise das alternativas”, destacou.
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