Professores em greve da UFPE avaliam contraproposta do Governo; votação deve encerrar às 14h
Adufepe reúne categoria nos campi Recife e Caruaru e também de forma virtual para decidir se aceita nova proposta feita na semana passada
Iniciou na manhã desta sexta-feira (24) a assembleia convocada pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe), que avalia a contraproposta do Governo Federal e deflagra se a greve continua ou não.
A reunião acontece de forma presencial, no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) e no auditório do Núcleo de Ciências da Vida (NCV), nos campi Recife e Caruaru, respectivamente, e também de forma virtual. O encerramento da assembleia está previsto para às 14h desta sexta.
Proposta do governo
A última proposta realizada pelo Governo previa diferentes níveis de reajuste para a categoria. Os que ganham mais receberiam um aumento de 13,3% até 2026. Os que ganham menos, de 31%, até o fim do governo de Lula. Os aumentos, contudo, só aconteceriam a partir de 2025.
Reivindicação dos professores
Além do reajuste salarial, os professores reivindicam a recomposição do orçamento das instituições federais de ensino superior, o avanço nos pontos relacionados a carreira docente e a manutenção da permanência dos alunos no campus com qualidade.
Impasse
O principal ponto de impasse entre governo e professores é a proposta de reajuste zero para 2024, que já foi rejeitada pela categoria, em assembleia, em 25 de abril. De acordo com a presidente da Adufepe, Teresa Lopes, apesar de existir um avanço, a proposta ainda é muito pouca.
"Esse reajuste zero é muito ruim. É verdade que outros avanços aconteceram, principalmente no que diz respeito à remuneração dos professores que estão entrando agora ou ainda vão entrar. Mas é muito pouco. Por isso, friso mais uma vez, a decisão sobre essa proposta é essencial para os rumos da greve, que entrou nesta quinta (23) em seu 31º dia", salienta a presidenta da Adufepe.
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Professores da UFRPE e da UFAPE recusam proposta
A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e a Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE) já decretaram que a paralisação das aulas deverá continuar por tempo indeterminado. A decisão foi tomada pelo corpo docente das duas instituições em assembleias individuais, realizadas nesta quinta-feira (23).
Na UFAPE, a proposta de negociação, enviada pelo Governo Federal, foi rejeitada com 46 votos. No total, apenas 11 membros da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Sindufape) votaram em favor da oferta, enquanto outros cinco se abstiveram.
O cenário de insatisfação é o mesmo para os professores da Associação dos Docentes da UFRPE (Aduferpe). Em reunião, o grupo rejeitou a proposta governamental com um total de 114 votos.