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Paralisação

Professores recusam proposta de reajuste salarial, e greve na UFPE continua

Decisão foi rejeitada por unanimidade entre os docentes em uma assembleia realizada nesta quinta (25)

Professores da UFPE recusam proposta do governo e optam por manter a greveProfessores da UFPE recusam proposta do governo e optam por manter a greve - Foto: Adaíra Sene/Adufepe/Divulgação

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Os professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) recusaram a proposta de reajuste salarial oferecido pelo governo federal em uma assembleia realizada nesta quinta-feira (25), na Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe).

Em uma decisão unânime, os docentes decidiram manter a greve.

Professores recusam proposta do governo | Foto: Adaíra Sene/Adufepe/Divulgação

Ao todo, 201 professores participaram da votação que recusou a proposta do governo. Em resposta, a professora e presidente da Adufpe, Teresa Lopes, reiterou que a mobilização continua e que os docentes começarão a fazer uma série de atividades dentro da UFPE.

"Essa proposta foi rejeitada por consenso, ou seja, pela unanimidade dos professores. A gente também acabou votando as questões relativas aos adendos, que são as assinaturas do termo com o governo, e a gente também votou de forma contrária, porque a gente não quer somente para gente, a gente quer para os aposentados", disse.

"A greve continua e está cada vez mais forte na UFPE. Nós, que fazemos o comando de greve local, estamos recebendo diariamente as adesões dos departamentos, dos núcleos e dos centros da Universidade Federal de Pernambuco", reiterou.

"A gente lançou agora dois delegados, que estão indo para o Comando Nacional de greve, porque é importante a participação deles, e a gente já aprovou os três que vão seguir na sequência quando esse retornarem. A mobilização continua. A gente vai começar agora uma série de atividades, feitas dentro da UFPE para mobilizar os professores e continuamos a convidar os professores as se engajarem na luta", completou. 

Entenda a proposta do governo
Após propor aumentar o salário dos docentes em parcelas iguais de 4,5% em 2025 e 2026, a proposta mais recente do governo para os professores, apresentada no dia 19 de abril, é de 9% de reajuste salarial em 2025 e 3,5% em 2026.

Para 2024, porém, a categoria continuaria com zero de reajuste salarial e aumento apenas nos benefícios, o que exclui os aposentados. Em nota, a diretoria da Adufepe reafirmou que 0% de reajuste em 2024 não é aceitável.

Já em relação à carreira docente, a proposta avançou um pouco, especificamente no que diz respeito a progressões e promoções. O governo propôs alterar os percentuais de step (diferença salarial recebida pelo docente toda vez que progride na carreira) que passariam de 4%, para 4,5%.

O principal ponto da pauta de reivindicações dos docentes é a recomposição salarial. Com perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos, os docentes pedem uma correção de 22% com parcelas de 7,06% para 2024, 2025 e 2026. Os profissionais da Educação Superior também requerem reestruturação da carreira, condições de trabalho, recomposição orçamentária das Instituições Federais de Ensino e outros pontos específicos.

Pronunciamento da UFPE

Procurada pela Folha de Pernambuco, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) informou que não deve se pronunciar mais uma vez sobre o assunto e que mantém o pronunciamento feito na última segunda-feira (22) a respeito da deflagração de greve do corpo docente da instituição.

Em nota já publicada da Administração Central, a UFPE reconheceu a legitimidade da manifestação dos professores como um “dispositivo previsto constitucionalmente que implica em direitos e deveres” e completou que “respeita a decisão democrática do sindicato e a autonomia de cada docente em aderir ao movimento grevista”.

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