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CAPACITAÇÃO

Programa Trabalho e Renda Acessível: FAV realizou aula inaugural do programa nesta segunda (14)

As primeiras turmas foram iniciadas nesta segunda-feira (14). Para se inscrever, basta fazer parte da cartela de atendimento do Centro de Reabilitação da instituição

Programa Trabalho e Renda Acessível: FAV realizou aula inaugural do programa nesta segunda (14).Programa Trabalho e Renda Acessível: FAV realizou aula inaugural do programa nesta segunda (14). - Foto: Clarice Melo/Folha de Pernambuco

A Fundação Altino Ventura (FAV) realizou a aula inaugural do Programa Trabalho e Renda Acessível na manhã desta segunda-feira (14).

A iniciativa é desenvolvida em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo de Pernambuco (SEDEPE) e conta com o apoio do Sistema S.

O evento aconteceu no auditório do Edf. Inácio Cavalcanti, que fica no bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife. 

Programa Trabalho e Renda Acessível
A aula inaugural marcou o início de um projeto inovador voltado à inclusão profissional de pessoas com deficiência (PCDs) atendidas pelo Centro Especializado em Reabilitação (CER IV), além de seus familiares e cuidadores.

Com previsão de atender, inicialmente, até 150 pessoas ao longo de 12 meses, o Programa Trabalho e Renda Acessível oferece qualificação em áreas como gastronomia, beleza, moda e marketing digital, além de palestras sobre empreendedorismo e gestão.

O objetivo é proporcionar uma vivência prática do empreendedorismo, com a participação dos alunos em feiras de Economia Popular e Solidária.

As primeiras turmas foram iniciadas nesta segunda-feira (14). Para se inscrever, basta fazer parte da cartela de atendimento do Centro de Reabilitação da instituição.

Programa de Trabalho e Renda AcessívelPrograma de Trabalho e Renda Acessível | Foto: Clarice Melo/Folha de Pernambuco

Demanda dos pacientes
Durante a cerimônia de abertura, a Dra. Liana Ventura, presidente do conselho curador da FAV, falou sobre como a fundação identificou a necessidade do programa, e como ele visa atender às demandas específicas dos beneficiários.

“Esse projeto de capacitação, desenvolvimento e empreendedorismo representa uma revolução social. É uma necessidade das pessoas com deficiências e das suas famílias, dos seus cuidadores, de serem capacitados e incluídos, empoderados, para que eles realmente possam desenvolver suas potencialidades, melhorar sua renda familiar e ajudar a sua família a ter um futuro melhor”, relatou Liana Ventura.

A Dra. Liana Ventura, presidente do conselho curador da FAV.A Dra. Liana Ventura, presidente do conselho curador da FAV | Foto: Clarice Melo/Folha de Pernambuco

A médica explica, ainda, quais são as expectativas da fundação com relação ao Programa Trabalho e Renda Acessível, em termos de impacto na inclusão social e profissional dos beneficiários.

“Esses 12 meses de programas oferecerão diversos cursos, de pequena, média e longa duração, em várias áreas, que visam facilitar o empreendedorismo dessas famílias. Ao final dos cursos e treinamentos, teremos também uma feira para expor e divulgar esses produtos para que eles já possam começar a melhorar sua renda familiar e  a escrever uma nova história”, afirmou a médica.

Apoio às famílias
A gerente-geral de qualificação da Sedepe, Karla Valeriano, explicou os fatores que motivaram o desenvolvimento do programa e a parceria com a FAV. 

“O nosso objetivo com esse projeto é retomar o protagonismo dessas mães e pessoas cuidadoras e principalmente das pessoas com deficiência. Lhes proporcionando a possibilidade da qualificação técnica, profissional e empreendedora como essa fonte de geração de renda”, ressaltou a gerente.

A gerente geral de qualificação da Sedepe, Karla Valeriano.A gerente-geral de qualificação da Sedepe, Karla Valeriano | Foto: Clarice Melo/Folha de Pernambuco

Karla explicou ainda como a secretaria deve acompanhar e apoiar os participantes, mesmo após a conclusão do Programa Trabalho e Renda Acessível.

“Pretendemos acompanhar todos os alunos e alunas, familiares e cuidadoras durante o fluxo do processo natural de estudos e qualificação. Com isso, vamos trazer para dentro da secretaria a nossa intermediação e mão de obra. Através das vagas de emprego que são ofertadas no nosso quadro, trazendo a possibilidade de estarem empregadas. Ou, para aquelas que não querem acessar o mercado de trabalho formal de CLT, que querem empreender, faremos um direcionamento com acompanhamento para a abertura de registro como um Microempreendedor Individual (MEI) e obter um microcrédito através da SEDEC”, relatou Karla. 

O gerente do Centro Especializado em Reabilitação (CER IV), Igor Outtes, detalhou como o Programa Trabalho e Renda Acessível, pretende integrar o processo de reabilitação e desenvolvimento profissional dos pacientes e suas famílias.

“O nosso objetivo é ofertar uma melhor qualidade de vida para toda a família. Não só para o paciente, mas também para os seus cuidadores e familiares que residem na mesma casa. Para que eles possam fortalecer também a sua economia e autoridade”, detalhou Outtes. 

O gerente do Centro Especializado em Reabilitação (CER IV) da FAV, Igor Outtes. O gerente do Centro Especializado em Reabilitação (CER IV) da FAV, Igor Outtes | Foto: Clarice Melo/Folha de Pernambuco

O gerente do CER ainda detalha quais são os principais desafios desse processo, e também como o centro apoia os pacientes em tratamento e deverá apoiar os participantes do projeto.

"O desafio é quebrar paradigmas, culturas. Porque hoje a família tem como sustento os benefícios sociais que o próprio governo federal e o governo estadual, ou até mesmo municipal, oferecem; que chega aproximadamente a um salário mínimo. Então, nosso objetivo e  maior desafio é quebrar esse paradigma, fazer com que eles possam superar seus próprios medos, através do seu próprio desafio, e evoluir cada vez mais”, pontuou o gerente.

O impacto do Programa Trabalho e Renda Acessível
Antônia da Cruz Freitas é mãe de Renan, um dos pacientes em terapia na FAV, fala sobre a importância do programa para as famílias atendidas pela fundação. Ela foi a primeira a se inscrever no Programa Trabalho e Renda Acessível.

"Quando recebi a mensagem, achei muito interessante e vim correndo para me escrever. Porque essas oportunidades são muito importantes, e sempre vem em um momento bom e no momento certo. E nisso a  gente tem muita dificuldade. Como não podemos trabalhar por conta do BPC (Benefício de Prestação Continuada), a gente tem que procurar se virar de outras formas para termos uma vida melhor”, contou Antônia. 

Antônia da Cruz Freitas, mãe do paciente Renan da Fundação Altino Ventura.Antônia da Cruz Freitas, mãe do paciente Renan | Foto: Clarice Melo/Folha de Pernambuco

Antônia, que atualmente trabalha como manicure, explica como os pais e cuidadores podem se apoiar durante após o projeto, e o que devem fazer para ter acesso a iniciativas como essa.

“Precisamos compartilhar. Falar da importância da oportunidade que tivemos, nos ajudar sempre que possível. Seja contribuindo, ou mesmo compartilhando o que aprendeu. Além disso, é sempre bom procurar a assistência social. Conversar e falar das nossas dificuldades. Porque, às vezes, a gente tem medo de conversar, mas é importante. Se não, como vão saber das nossas dificuldades?”, concluiu a manicure.

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