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Alimento Sintético

Projeto de lei na Itália proíbe carne artificial

O projeto prevê, entre outras sanções, multas de 10 mil a 60 mil euros (entre cerca de 56 mil e 336 mil reais) para quem infringir suas disposições

Carne vemelha. A principal associação agrícola italiana, Coldiretti, organizou um ato diante da sede do governo em Roma para dizer: "Não aos alimentos sintéticos"Carne vemelha. A principal associação agrícola italiana, Coldiretti, organizou um ato diante da sede do governo em Roma para dizer: "Não aos alimentos sintéticos" - Foto: Marcello Casal, Agência Brasil

O governo italiano aprovou, nesta terça-feira (28), um projeto de lei que proíbe a produção e o comércio de alimentos de laboratório e, em particular, de carne artificial.

Essa legislação "baseia-se no princípio da precaução", indicou o ministro da Saúde, Orazio Schillaci, para quem "não existem provas científicas" excludentes de "efeitos nocivos relacionados ao consumo de alimentos sintéticos".

O projeto prevê, entre outras sanções, multas de 10 mil a 60 mil euros (entre cerca de 56 mil e 336 mil reais) para quem infringir suas disposições, que visam, em particular, a carne produzida em laboratório a partir de células-tronco de origem animal.

A principal associação agrícola italiana, Coldiretti, organizou um ato diante da sede do governo em Roma para dizer: "Não aos alimentos sintéticos".

"A Itália, líder europeia em matéria de qualidade e segurança alimentar, tem o dever de estar na vanguarda das políticas alimentares de defesa dos cidadãos e as empresas", declarou o presidente dessa entidade, Ettore Prandini, citado em comunicado.

O Parlamento deveria adotar esse projeto de lei em um lapso de dois meses e poderia modificá-lo nos debates.

A iniciativa não responde a nenhum pedido de autorização de venda desse tipo de alimento em países da União Europeia (UE) e as estimativas indicam que nenhum alimento sintético deveria ser comercializado antes de 2025.

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