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Fraude

Promotores nos EUA pedem 15 anos de prisão para fundadora da Theranos

Elizabeth Holmes prometeu revolucionar os diagnósticos de saúde com máquinas capazes de realizar diversos exames com apenas algumas gotas de sangue

Elizabeth Holmes fundou a Theranos em 2003Elizabeth Holmes fundou a Theranos em 2003 - Foto: Glenn Chapman / AFP

Os promotores americanos pediram 15 anos de prisão para Elizabeth Holmes, uma ex-estrela do Vale do Silício condenada por fraude, enquanto seus advogados defenderam uma sentença máxima de 1 ano e meio, de acordo com documentos judiciais apresentados na sexta-feira.

A fundadora da Theranos, startup que prometeu revolucionar os diagnósticos de saúde com máquinas capazes de realizar diversos exames com apenas algumas gotas de sangue, será sentenciada na próxima sexta-feira, 18 de novembro, em um tribunal federal da Califórnia.

Os promotores pediram ao tribunal que a mulher de 38 anos fosse sentenciada a 15 anos de prisão e a obrigada a devolver US$ 800 milhões às vítimas.

Holmes foi condenada em janeiro por fraude por mentir para investidores.

"Cega pela ambição", Holmes "enganou dezenas de investidores em centenas de milhões de dólares", mas também "pacientes em perigo", disse a promotora Stephanie Hinds, acusando a empresária de não assumir a responsabilidade por suas ações.

Mas os advogados de Holmes rebateram que sua cliente não representa nenhum perigo, não se beneficiou materialmente deste caso e, portanto, não merece uma sentença de mais de um ano e meio de prisão por ter fracassado em seu "projeto ambicioso".

Holmes fundou a Theranos em 2003, quando tinha apenas 19 anos. Em poucos anos, ela arrecadou fundos de investidores de alto perfil, como os supermercados Safeway, a rede de drogarias Walgreens e o ex-secretário de Estado americano George Shultz.

Em seu auge, a empresa foi avaliada em quase US$ 10 bilhões, e Holmes, a acionista majoritária, a comandava com uma fortuna de US$ 3,6 bilhões, segundo a revista Forbes.

Mas a Theranos entrou em colapso depois que uma reportagem do The Wall Street Journal em 2015 revelou que a tecnologia desenvolvida pela empresa não funcionava como prometido.

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