Proprietários do prédio que desabou em Paulista deixaram o edifício em 2009 e não foram indenizados
Desabamento aconteceu na manhã desta sexta (7)
Os proprietários dos apartamentos do prédio de quatro andares que desabou no Conjunto Beira-Mar, no Janga, em Paulista, Região Metropolitana do Recife, deixaram o prédio há mais de 13 anos. O edifício, segundo a defesa do dos proprietários, está condenado desde 2009 e foi desocupado oficialmente logo após a interdição
A advogada Janielly Nunes, representante dos proprietários dos apartamentos, diz que o grupo recebe um auxílio moradia, garantido por uma decisão judicial, e ainda aguarda uma indenização pelos "vícios de construção" no edifício.
"Existem sete ações ajuizadas nas quais 29 proprietários esperam indenizações devido a vícios de construção nesses imóveis. Esses imóveis foram interditados em 2009; na época, a Defesa Civil municipal disse que o risco era gravíssimo e os moradores deixaram os apartamentos de imediato", disse a advogada.
Apesar da saída dos proprietários, o prédio voltou a ser ocupado por outras famílias, que passaram a viver no local de forma irregular.
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Nunes afirma, ainda, que os proprietários nunca receberam indenizações. "Já tem uma perícia que comprova os vícios de construção. Essas pessoas só recebem um valor para o aluguel, valor que não é alto, infelizmente.Alguns recebem R$ 600, outros, R$ 900", contou a advogada, que disse, ainda, que o grupo segue morando em Paulista, em prédios próximos ao que desabou nesta segunda (7).
O desabamento
O desmoronamento do bloco residencial, que estava interditado oficialmente desde 2009, aconteceu na manhã desta sexta-feira (7), por volta das 6h. O Corpo de Bombeiros, acionado para a ocorrência às 6h35.
Até o momento, uma três mortes foram confirmadas pelas autoridades; um homem de 45 anos e uma adolescente de 12 estão entre as vítimas.
Segundo o Hospital Miguel Arraes, em Paulista, cinco vítimas foram levadas à unidade; quatro delas tiveram ferimentos leves, como escoriações e cortes, e devem ter alta ainda nesta sexta. A quinta vítima, de 65 anos, chegou à unidade politraumatizada, foi submetida a exames, encontra-se estável e aguarda senha da Central de Regulação para transferência.
Ao todo, segundo a Polícia Militar, 19 pessoas estavam sob os escombros.