Coronavírus

Proteção e dignidade para os idosos na rede de acolhimento no Recife

Abrigos temporários ajudam a tirar das ruas as pessoas com maior risco de desenvolver quadros graves da Covid-19

Dormitórios garantem conforto e segurança durante a pandemiaDormitórios garantem conforto e segurança durante a pandemia - Foto: Andréa Rego Barros/divulgação/PCR

Desde o início da pandemia da Covid-19, a pessoa idosa foi identificada como pertencente ao grupo de risco. Diante dessa realidade, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos apresentou ao Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa do Recife (COMDIR) a proposta de criação de um abrigo para acolher a pessoa idosa que está em situação de rua. Uma iniciativa não apenas para diminuir as chances de contágio, mas também para garantir dignidade e cuidado nessa fase da vida.

Assim, no mês de junho, foi inaugurado o Abrigo Temporário Edusa Pereira, em Campo Grande, com capacidade para 40 usuários. Um deles é Pedro Alves,  69 anos. “Esse abrigo é um presente. Aqui, me sinto tranquilo e seguro. Sinto uma paz que não sentia enquanto estava nas ruas. Gosto da comida e dos funcionários”, contou. No abrigo, Pedro está protegido da Covid-19 e faz todas as refeições do dia.
 

Locais oferecem mais cuidado à população idosaLocais oferecem mais cuidado à população idosa - Andréa Rêgo Barros/PCR

Proteção é um sentimento em comum entre os usuários da rede de acolhimento municipal. “Neste momento de pandemia, me sinto muito bem em ter um lugar para dormir com segurança. Aqui tem uma equipe muito boa e atenciosa”, conta José Zildo, que vive em situação de rua há um ano e é acolhido todas as noites no Abrigo Noturno Irmã Dulce, localizado no bairro de São José. Como está há pouco tempo vivendo em situação de rua, Zildo, 54 anos, teve prioridade no acolhimento, uma vez que quanto menos tempo a pessoa está nas ruas mais ela é considerada vulnerável, pois tem poucos conhecimentos sobre como sobreviver nessa condição. 

Além do Abrigo Temporário Edusa Pereira e do Abrigo Noturno Irmã Dulce, a Prefeitura do Recife mantém outros 11 abrigos para pessoas em vulnerabilidade social. Nesses espaços, além de acolhimento e alimentação, são disponibilizados atendimentos por assistentes sociais, psicólogos e pessoal de apoio. A SDSJPDDH ainda tem intersetorialidade com outras secretarias municipais e órgãos, a exemplo de Saúde e Educação.

Acolhimento
A principal forma de acesso ao acolhimento municipal é através do atendimento e encaminhamento feitos pelo Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) ou pelo Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP). O trabalho da equipe do SEAS é itinerante e consiste no mapeamento diário das pessoas que vivem em situação de rua na Cidade, realizando a conversa ativa, sensibilização e orientação. Já o Centro POP recebe a demanda do usuário que toma a iniciativa de procurar o serviço ou que é encaminhado para tal. No Recife, existem dois equipamentos do tipo, sendo um na rua Bernardo Guimarães, nº 135, em Santo Amaro (Centro Pop Glória), e outro na rua Dr. João Coimbra, nº 66, na Madalena (Centro Pop Neuza Gomes). 

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