Protestos que marcam um mês de explosão social deixam três mortos na Colômbia
Durante o mês, atos realizados diariamente na Colômbia contra o governo do presidente Ivan Duque
Três pessoas morreram, nesta sexta-feira (28), na cidade de Cali, em meio a manifestações que completam um mês na Colômbia e foram duramente reprimidas pelas forças policiais.
"Infelizmente, três pessoas morreram (...) Essa situação ocorreu entre aqueles que bloqueiam e os que queriam passar" por um dos pontos fechados por manifestantes, informou o prefeito de Cali, Jorge Iván Ospina.
Vídeos mostram um homem caído sobre uma poça de sangue e outro próximo, com uma arma, perseguido por manifestantes. Em seguida, imagens mostram o suposto agressor também no chão, após ter sido aparentemente linchado.
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"Não podemos permitir que essas circunstâncias continuem acontecendo em Cali. Não devemos cair na tentação da violência e da morte", enfatizou Ospina nas redes sociais.
As mortes se somam aos 46 óbitos registrados até o momento por autoridades. A ONG Human Rights Watch afirma ter recebido "denúncias confiáveis" sobre 63 mortes, 28 delas ligadas à crise.
O Ministério Público estabeleceu que 17 dos casos têm ligação direta com as manifestações que pressionam o governo do presidente Iván Duque ante sua condução da crise econômica e social derivada da pandemia.