Protocolo de rastreio no Brasil da nova variante foca em recém-chegados do Reino Unido
Pacientes com esse histórico e exame RT-PCR positivo terão amostras sequenciadas
O Ministério da Saúde encaminhou, no início da tarde desta quarta-feira (6), uma nota técnica com orientações sobre a investigação de possíveis casos suspeitos da nova variante B117 do coronavírus, identificada como responsável por um surto recente no Reino Unido.
Segundo o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, a nota informa que devem ser tratados como casos suspeitos os pacientes com passagem recente pelo Reino Unido e que tenham teste RT-PCR positivo.
As amostras desses pacientes deverão ser enviadas para o Instituto Evandro Chagas, no Pará, que é responsável pelo sequenciamento genético para determinação do tipo viral.
“Foram identificados dois casos em São Paulo. É verdade que a maior parte das pessoas oriundas do Reino Unido dão entrada pelo eixo Rio-São Paulo. Não temos aqui um voo direto, mas devemos estar atentos”, disse Longo.
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"Vamos passar nota informativa para todos os nossos centros de testagem, unidades de saúde e para os municípios que fazem testes para que passe a ser uma rotina perguntar se a pessoa passou recentemente pelo Reino Unido. Passa a ser um marcador para que aquela amostra possa ser levada a estudo no Evandro Chagas”, completou, explicando que essa variante não interfere no resultado das amostras dos infectados.
Reinfecções
André Longo disse ainda que, até o momento, Pernambuco registrou 55 notificações de casos suspeitos de possível reinfecção pelo coronavírus. Desse total, 21 foram descartados e 24 estão sendo investigados pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE). Outras 10 amostras seguiram para o Instituto Evandro Chagas, para estudo mais detalhado.
O gestor frisou que os dados de resultados positivos para reinfecção ficam concentrados no Ministério da Saúde, que tem o papel de fazer o comunicado tanto para a Imprensa quanto para os estados.