Saúde

Psoríase: entenda a doença que acomete o cantor Xand Avião há 4 anos e o fez se apresentar de boné

O estresse a ansiedade que o artista teve durante a pandemia ajudou na evolução da condição que afetou seu rosto e suas mãos

Xand Avião Xand Avião  - Foto: Reprodução/ Instagram

O cantor Xand Avião usou suas redes sociais esta semana para falar sobre o diagnóstico que recebeu de psoríase, descoberto há quatro anos, antes mesmo da pandemia de Covid-19. O artista disse que no começo ficou recluso em casa e que não queria receber ninguém por ter vergonha dos sintomas.

"Começou no meu dedo, eu achava que era alguma coisa de pele, a médica passou algumas pomadas, mas não surtiu efeito. Só que do meu dedo, começou a passar para a minha cabeça, para perto da orelha e foi aumentando", disse ele que se apresentou nos últimos dias com um boné para esconder as lesões.

O cantor ainda comentou que os médicos disseram que o estresse e na ansiedade poderiam piorar os sintomas na pele que já começavam. Xand afirma que durante a pandemia notou uma evolução muito rápida da doença.

“Na pandemia, a gente viveu tudo isso em dobro ou em triplo. E a minha piorou muito. Na época, eu estava com vergonha, já estava sem querer dar entrevista porque é feito, é estranho assim na pele, logo é muito aparente. Como tiro praticamente 100 fotos por noite e dou quatro entrevistas, estava me incomodando já", explicou.

Após diversas passagens por médicos de diferentes especialidades, o artista encontrou um tratamento com injeções que custam em média R$ 17 mil.

“Procuramos um reumatologista. Eu não sabia que precisava, mas precisa sim. Tenho certeza que muita gente não sabe também. A gente procurou também uma amiga nossa que é uma das melhores do Nordeste, e ela me receitou um tratamento que comecei hoje, que é uma injeção”, afirmou.

É importante ressaltar que os tratamentos também estão disponíveis no SUS.

O que é a psoríase?
A psoríase se manifesta inicialmente na pele, com o surgimento de placas e lesões avermelhadas, que escamam. Isso leva o paciente a ter uma série de dificuldades nas suas atividades diárias, como no trabalho e até nas suas relações interpessoais.

A doença acomete em torno de 1% a 3% da população mundial e, no Brasil, a estimativa é de que pouco mais de 1% sofra com a enfermidade, segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Hoje, sabe-se que é uma doença autoimune, ou seja, que ataca o próprio organismo.

A doença, que é visível aos olhos, não é contagiosa, já que entre fatores para o seu desenvolvimento está a predisposição genética. De acordo com a SBD, entre 30% e 40% dos pacientes com psoríase têm um familiar de primeiro grau com o problema, a maioria na faixa etária dos 20 aos 40 anos.

As lesões aparecem de forma cíclica — vão e voltam — e em muitos casos o paciente não percebe os sinais. As placas vermelhas podem aparecer e, em algumas semanas, já tomar o corpo inteiro ou, em outros casos, demorar anos para evoluir o quadro.

Sinais da Psoríase
Por isso, é preciso estar alerta ao que costuma ser o padrão das lesões, que por definição são vermelhas, ásperas e escamam. Em algumas situações, essas características podem ser acompanhadas de outros sintomas, como a formação de bolhas de pus em certas partes do corpo, cuja pele é mais grossa, como o pé. A coceira também pode acontecer mais em algumas regiões, como no couro cabeludo, do que em outras do corpo.

Associação com outras doenças
A atenção aos sintomas pode significar também a prevenção ou a descoberta de outros tipos de doenças, já que hoje se sabe que a psoríase está associada a outras enfermidades. Dados da Fundação Internacional Psoriasis mostram que o paciente com psoríase tem entre 20% e 58% de chances de desenvolver doenças cardiovasculares, 43% têm mais chance de apresentar acidente vascular cerebral, 10% desenvolvem depressão e este risco sobe para quase 30% se for acompanhada de artrite.

O paciente da psoríase é inflamado e isso justifica a associação com essas doenças. O processo de inflamação se dá praticamente da mesma forma, como no caso da doença inflamatória intestinal (DII), que possui cerca de 11% dos pacientes também com psoríase.

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