Putin admite impacto negativo das sanções na economia russa
É a primeira vez que Putin admite publicamente o impacto na economia nacional
O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu nesta quarta-feira (29) que as sanções internacionais pela ofensiva na Ucrânia podem ter um impacto "negativo" na economia russa a "médio prazo", depois de se vangloriar nos últimos meses da capacidade do país para se adaptar a esta nova situação.
"As sanções impostas à economia russa podem realmente ter um impacto negativo sobre ela no médio prazo", disse o presidente, em uma reunião com o governo, transmitida pela televisão.
É a primeira vez que Putin admite publicamente o impacto na economia nacional das inúmeras sanções internacionais, que afetam vários setores, incluindo os hidrocarbonetos.
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Mais de um ano depois do início da ofensiva na Ucrânia, "o desemprego está no seu nível mais baixo", em 3,6%, e "no final de março a inflação vai cair abaixo dos 4%", depois de ter subido para quase 20% um ano atrás, detalhou o presidente russo.
"Isso não significa que todos os problemas já estejam resolvidos", advertiu, dirigindo-se aos membros de seu gabinete.
"O retorno a uma trajetória de crescimento não deve nos levar a relaxar", acrescentou em seu discurso, no qual pediu esforços para "garantir a soberania econômica da Rússia".
Putin lançou um apelo ao governo e aos empresários para que "garantam o lançamento rápido de novos projetos nas indústrias transformadoras, particularmente na alta tecnologia", setor afetado pela saída de inúmeros especialistas para o exterior.
"Nosso sistema financeiro deve desempenhar um papel importante na resposta às necessidades dos exportadores. E temos que substituir as empresas ocidentais que trabalham nesse setor", frisou.