Rússia

Putin irá em 3 de setembro à Mongólia, em primeira viagem a país-membro do TPI

Segundo Estatuto de Roma, Mongólia é membro do TPI e deve prender Putin quando ele chegar ao território

O presidente russo, Vladimir Putin,  evitou viajar para o exterior por quase um ano e meio e não compareceu à cúpula do Brics na África do SulO presidente russo, Vladimir Putin, evitou viajar para o exterior por quase um ano e meio e não compareceu à cúpula do Brics na África do Sul - Foto: Mikhail Tereshchenko / POOL / AFP

O presidente russo, Vladimir Putin, que está sob mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) pela “deportação ilegal” de crianças ucranianas, irá na terça-feira a um país-membro do TPI, a Mongólia, que, segundo seu estatuto, deve prendê-lo quando ele chegar ao seu território.

“Putin fará uma visita oficial à Mongólia em 3 de setembro”, disse o Kremlin em um comunicado nesta quinta-feira (29).

Será a primeira viagem do presidente russo ao território de um país signatário do Estatuto de Roma desde que o TPI emitiu o mandado de prisão contra ele em março de 2023.

A Mongólia assinou o Estatuto de Roma em 2000, antes de ratificá-lo em 2002.

Este estatuto determina que cada Estado-membro que tiver recebido uma solicitação a respeito "tomará imediatamente as medidas necessárias para a detenção" do indivíduo procurado e que este "será levado sem demora perante a autoridade judicial competente do Estado de detenção".

O TPI, com sede em Haia, emitiu, em março de 2023, uma ordem de prisão contra Putin, acusado de crimes de guerra pela "deportação" de crianças ucranianas nos territórios ocupados pela Rússia após o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

O Kremlin sempre rejeitou firmemente estas acusações.

Putin se ausentou da cúpula dos BRICS na África do Sul em agosto de 2023 e da cúpula do G20 na Índia em setembro do mesmo ano.

Por outro lado, viajou para a China em maio, para a Coreia do Norte em junho e para o Azerbaijão em meados de agosto, países que não são membros do TPI.

O chefe de Estado russo visitará a Mongólia "a convite do presidente mongol, Ukhnaa Khurelsukh", de acordo com o Kremlin, "para participar das comemorações do 85º aniversário da vitória conjunta das forças armadas soviéticas e mongóis sobre os militaristas japoneses" na Segunda Guerra Mundial.

A última visita do presidente russo à Mongólia, um país de 3,4 milhões de habitantes, foi em setembro de 2019.

A Mongólia, um país rico em recursos naturais, está localizada no leste da Ásia, entre a Rússia e a China.

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