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guerra na ucrânia

Putin ordena exercícios nucleares com tropas perto da Ucrânia

Putin elevou a sua retórica nuclear desde o início do conflito na Ucrânia, alertando no seu discurso à nação em fevereiro que havia um risco "real" de guerra nuclear

Rússia faz desfile com armamento nuclear após entrada da Suécia na OTANRússia faz desfile com armamento nuclear após entrada da Suécia na OTAN - Foto: Redes sociais/Reprodução

O presidente Vladimir Putin ordenou que os militares russos realizassem exercícios de armas nucleares envolvendo a marinha e as tropas perto da Ucrânia, disse o Ministério da Defesa na segunda-feira (6).

Os exercícios têm como objetivo garantir a integridade territorial e a soberania da Rússia "em resposta às declarações provocatórias e ameaças de certos funcionários ocidentais contra a Federação Russa", disse o ministério, citado pela Reuters.

Putin elevou a sua retórica nuclear desde o início do conflito na Ucrânia, alertando no seu discurso à nação em fevereiro que havia um risco “real” de guerra nuclear.

“Durante o exercício, será tomado um conjunto de medidas para praticar a preparação e utilização de armas nucleares não estratégicas”, afirmou o Ministério da Defesa.

As armas nucleares não estratégicas, também conhecidas como armas nucleares táticas, são projetadas para uso no campo de batalha e podem ser lançadas por meio de mísseis.

O ministério disse que os exercícios ocorreriam “num futuro próximo” e visavam garantir a integridade territorial da Rússia face a “ameaças de certas autoridades ocidentais”. Participarão forças aéreas e navais, bem como tropas do Distrito Militar do Sul, que faz fronteira com a Ucrânia e inclui os territórios ucranianos ocupados, disse.

As autoridades ocidentais têm ficado cada vez mais alarmadas com a retórica nuclear do Kremlin durante a ofensiva na Ucrânia, com Putin a invocar frequentemente a doutrina nuclear da Rússia.

No ano passado, a Rússia abandonou a ratificação do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares e retirou-se de um importante acordo de redução de armas com os Estados Unidos.

De acordo com diplomatas russos e norte-americanos, a invasão da Ucrânia, em 2022, provocou a pior ruptura nas relações entre a Rússia e o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba em 1962.

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