Tráfico de Órgãos

Quatro médicos são presos por tráfico de órgãos na Guatemala

Eles são acusados de extrais ilegalmente rim de paciente

Médicos são presos na Guatemala por tráfico de órgãosMédicos são presos na Guatemala por tráfico de órgãos - Foto: Fernando Zhiminaicela/Pixabay

As forças de segurança da Guatemala detiveram, nesta sexta-feira (3), quatro médicos acusados de tráfico de órgãos depois de operar uma pessoa e remover um rim sem seu consentimento, informou o Ministério Público.

Os quatro médicos estão "vinculados com a extração ilegal de um rim de um paciente ao qual deram outro diagnóstico para justificar a intervenção", disse aos jornalistas o porta-voz do MP, Moisés Ortiz.

Em um primeiro pronunciamento, o MP havia anunciado a detenção de três "médicos de profissão". Posteriormente, informou a prisão de um quarto profissional em uma zona popular da periferia sul da capital.

Duas prisões foram realizadas em diferentes pontos da capital, enquanto a restante ocorreu no município de Amatitlán, cerca de 25 km ao sul da Cidade da Guatemala.

Os quatro médicos foram levados a um tribunal da capital para comparecer a uma audiência de custódia com um juiz, que apresentará os motivos de sua detenção.

Ortiz detalhou que os quatro foram detidos pelo suposto crime de disposição ilegal de órgãos ou tecidos humanos.

O porta-voz não detalhou em qual clínica o órgão foi extraído nem o mal que acometia a vítima, que apresentou a denúncia em maio de 2022.

"A extração [do órgão] foi realizada na Cidade da Guatemala", mas, devido à "fase do processo em que nos encontramos, não é possível oferecer mais detalhes", disse Ortiz à AFP. Assim que "as investigações avançarem, mais informações serão apresentadas", acrescentou.

A investigação - que incluiu incursões, inspeções, buscas e apreensões de provas, bem como declarações testemunhais, extrações forenses e evidências científicas - determinou a possível responsabilidade dos médicos nesta operação ilegal, assinalou Ortiz.

Por ora, não se sabe se é o único caso em que os médicos estariam envolvidos ou se eles fazem parte de uma rede dedicada ao tráfico internacional de órgãos.

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